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ÁUSTRIA
"Não somos protetorado de Bruxelas", diz líder extremista
Sucessora de Haider mantém discurso contra sanções da UE
do "El País"
O líder da extrema-direita austríaca, Joerg Haider, entregou ontem a presidência do Partido da
Liberdade à vice-premiê do país,
Susanne Riess-Passer.
Em seus discursos em Klagenfurt, os dois atacaram as sanções
impostas pelos integrantes da
União Européia contra a Áustria.
Eles exigiram que seja realizado
no país um plebiscito para saber
qual é a opinião popular sobre as
medidas.
As sanções foram impostas devido à entrada do Partido da Liberdade no governo austríaco.
Em coligação com o conservador
Partido do Povo, a legenda de
Haider formou o primeiro gabinete europeu de extrema-direita
desde o fim da Segunda Guerra.
Haider afirmou que, com o plebiscito, a maioria dos austríacos
se posicionará contra as sanções e
forçará os social-democratas, os
verdes e o presidente Thomas
Klestil a sair da posição "ambígua" com que tratam as sanções.
Haider e Riess-Passer tentaram
deixar claro que não haverá discórdia entre eles. A imprensa austríaca apelidou Riess-Passer de "a
cobra do rei", pela forma com que
defende Haider. "Não somos um
protetorado de Paris, Berlim ou
Bruxelas, mas um país com todos
os direitos. Que crime cometemos? Onde está nossa culpa? É
um delito respeitar a vontade popular?" disse ela em seu discurso.
A fala de Riess-Passer durou
pouco menos de uma hora e foi
interrompida 54 vezes pelos 689
delegados do congresso do partido. O de Haider durou mais de
uma hora e meia, com 72 interrupções por aplausos. A nova presidente do Partido da Liberdade
foi eleita com 91,5% de votos.
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