São Paulo, terça-feira, 02 de maio de 2000


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ÁUSTRIA
"Não somos protetorado de Bruxelas", diz líder extremista
Sucessora de Haider mantém discurso contra sanções da UE

do "El País"


O líder da extrema-direita austríaca, Joerg Haider, entregou ontem a presidência do Partido da Liberdade à vice-premiê do país, Susanne Riess-Passer.
Em seus discursos em Klagenfurt, os dois atacaram as sanções impostas pelos integrantes da União Européia contra a Áustria. Eles exigiram que seja realizado no país um plebiscito para saber qual é a opinião popular sobre as medidas.
As sanções foram impostas devido à entrada do Partido da Liberdade no governo austríaco. Em coligação com o conservador Partido do Povo, a legenda de Haider formou o primeiro gabinete europeu de extrema-direita desde o fim da Segunda Guerra.
Haider afirmou que, com o plebiscito, a maioria dos austríacos se posicionará contra as sanções e forçará os social-democratas, os verdes e o presidente Thomas Klestil a sair da posição "ambígua" com que tratam as sanções.
Haider e Riess-Passer tentaram deixar claro que não haverá discórdia entre eles. A imprensa austríaca apelidou Riess-Passer de "a cobra do rei", pela forma com que defende Haider. "Não somos um protetorado de Paris, Berlim ou Bruxelas, mas um país com todos os direitos. Que crime cometemos? Onde está nossa culpa? É um delito respeitar a vontade popular?" disse ela em seu discurso.
A fala de Riess-Passer durou pouco menos de uma hora e foi interrompida 54 vezes pelos 689 delegados do congresso do partido. O de Haider durou mais de uma hora e meia, com 72 interrupções por aplausos. A nova presidente do Partido da Liberdade foi eleita com 91,5% de votos.


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