São Paulo, quarta-feira, 02 de maio de 2007

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Para Petrobras, contratos não preocupam

PEDRO SOARES
ENVIADO ESPECIAL A HOUSTON

Segundo a Petrobras, nada muda na relação com a Bolívia depois da formalização dos novos contratos de exploração e produção de petróleo e gás no país. O mesmo não ocorre em relação ao refino.
A estatal ainda não tem uma posição sobre a nacionalização de suas duas refinarias. "Estamos negociando [a indenização a ser paga pela Bolívia]", disse o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau. Para ele, não há motivo de preocupação com o anúncio feito ontem na Bolívia.
Internamente, há a avaliação na Petrobras de que o movimento do governo boliviano foi apenas político, com o objetivo de marcar a data de aniversário de um ano do decreto que nacionalizou o setor de petróleo e gás.
O presidente da estatal brasileira, José Sérgio Gabrielli, disse que a vigência dos novos contratos, assinados entre as operadoras estrangeiras e a estatal YPFB, em outubro do ano passado, é positiva. A companhia passará a pagar menos impostos e dividirá custos e lucros com a YPFB.
Para o presidente da Petrobras, o anúncio da nacionalização das companhias de petróleo que operam na Venezuela, na faixa do Orinoco, nada muda em relação à estatal. A empresa brasileira já havia se acertado com a PDVSA e criado no ano passado empresas mistas destinadas à exploração de petróleo na faixa do Orinoco.
Os acordos com a PDVSA, porém, andam a passos lentos. Segundo Samir Awad, gerente da Área Internacional da Petrobras, o impasse ocorre porque a Petrobras terá de pagar um bônus à PDVSA para entrar no negócio, mas até agora não foi feita uma avaliação precisa sobre o valor dos ativos.


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