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Para Petrobras, contratos não preocupam
PEDRO SOARES
ENVIADO ESPECIAL A HOUSTON
Segundo a Petrobras,
nada muda na relação com
a Bolívia depois da formalização dos novos contratos de exploração e produção de petróleo e gás no
país. O mesmo não ocorre
em relação ao refino.
A estatal ainda não tem
uma posição sobre a nacionalização de suas duas
refinarias. "Estamos negociando [a indenização a ser
paga pela Bolívia]", disse o
ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau. Para
ele, não há motivo de preocupação com o anúncio
feito ontem na Bolívia.
Internamente, há a avaliação na Petrobras de que
o movimento do governo
boliviano foi apenas político, com o objetivo de marcar a data de aniversário
de um ano do decreto que
nacionalizou o setor de petróleo e gás.
O presidente da estatal
brasileira, José Sérgio Gabrielli, disse que a vigência
dos novos contratos, assinados entre as operadoras
estrangeiras e a estatal
YPFB, em outubro do ano
passado, é positiva. A companhia passará a pagar
menos impostos e dividirá
custos e lucros com a
YPFB.
Para o presidente da Petrobras, o anúncio da nacionalização das companhias de petróleo que operam na Venezuela, na faixa
do Orinoco, nada muda
em relação à estatal. A empresa brasileira já havia se
acertado com a PDVSA e
criado no ano passado empresas mistas destinadas à
exploração de petróleo na
faixa do Orinoco.
Os acordos com a
PDVSA, porém, andam a
passos lentos. Segundo Samir Awad, gerente da Área
Internacional da Petrobras, o impasse ocorre
porque a Petrobras terá de
pagar um bônus à PDVSA
para entrar no negócio,
mas até agora não foi feita
uma avaliação precisa sobre o valor dos ativos.
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