São Paulo, quinta, 2 de julho de 1998

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Clinton pede ao país abertura de mercado

das agências internacionais

O presidente dos EUA, Bill Clinton, em visita à Bolsa de Valores de Xangai, disse ontem estar desapontado com o fato de negociadores norte-americanos e chineses não terem conseguido chegar a acordo sobre o abrandamento de barreiras comerciais na China.
"Estou decepcionado por não termos obtido progressos nessa questão, mas continuaremos a trabalhar nela até atingirmos um acordo viável", disse Clinton.
A China tem visto suas pretensões de ingressar na Organização Mundial do Comércio (OMC) barradas por se negar a abrir seu mercado, considerado excessivamente protecionista.
Os EUA mantêm com a China um déficit comercial significativo que, neste ano, deve atingir US$ 60 bilhões, US$ 10 bilhões a mais que o verificado em 1997.
Charlene Barshefsky, representante de comércio exterior dos EUA, afirmou que apenas reformas comerciais poderiam garantir o ingresso da China na OMC. "Não haverá nenhuma concessão política", disse ela. O governo chinês tem afirmado que o protecionismo é necessário para manter a moeda do país, o yuan, estável. Investidores temem que a desvalorização do yuan possa desencadear uma nova crise asiática.
Ontem, o presidente norte-americano, em visita de nove dias à China iniciada na semana passada, se reuniu com empresários chineses e operadores da Bolsa de Valores de Xangai. Na cidade, concedeu entrevista a uma TV estatal chinesa. Hoje, Clinton deve viajar até a cidade de Guilin e daí seguir para Hong Kong.

Taiwan
Apesar de haver afirmado na véspera não apoiar a independência de Taiwan, a ilha na qual se refugiaram os chineses nacionalistas depois de ser derrotados pelas forças comunistas em 1949, o governo dos EUA reafirmou ontem sua determinação de continuar a vender armas ao governo de Taipé.
Não houve comentário do governo chinês sobre a afirmativa.



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