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CÁUCASO
Ataque a hospital militar deixa 76 feridos; cerca de 150 morreram em ações terroristas atribuídas a separatistas desde maio
Atentado mata 35 perto da Tchetchênia
DA REDAÇÃO
Pelo menos 35 pessoas morreram e outras 76 ficaram feridas
após um carro-bomba explodir
em frente a um hospital militar
em Mozdok, na Ossétia do Norte,
a poucos quilômetros da fronteira
com a Tchetchênia. Um terrorista
também morreu na ação. As informações foram divulgadas por
autoridades russas.
Até o fechamento desta edição,
ninguém havia assumido a autoria do ataque, mas os principais
suspeitos são os rebeldes separatistas tchetchenos.
Segundo a agência de notícias
russa Interfax, um caminhão carregado com explosivos, dirigido
por um suicida, arrebentou o portão de entrada do hospital.
A explosão destruiu completamente o prédio de quatro andares
em que funcionava o hospital,
disse o ministro regional de Situações de Emergência, Boris Dzgoyev, à Associated Press. No local
em que o carro-bomba explodiu,
em frente à recepção, ficou uma
cratera de oito metros de largura e
três metros de profundidade.
A Ossétia do Norte é uma república da Federação Russa. O hospital faz parte de um complexo
militar russo em que são preparadas operações contra guerrilheiros tchetchenos.
Dzgoyev disse que havia 115
pessoas no hospital no momento
da explosão. Um incêndio teve
início logo após a explosão. Os
bombeiros levaram quase duas
horas para controlá-lo.
Um mulher que vive a cerca de
quatro quilômetros do hospital
disse a uma rádio russa que diversas casas de seu bairro tiveram
suas janelas quebradas.
Sequência
Nos últimos meses, a Rússia sofreu uma série de atentados atribuídos aos separatistas tchetchenos, o que tem gerado uma onda
de medo em todo o país. Desde o
último mês de maio, esses atentados mataram por volta de 150 pessoas.
Em Moscou, 14 pessoas foram
mortas em um atentado a bomba
durante um festival de rock, no
dia 5 do mês passado. A ação foi
realizada por duas terroristas, que
também morreram.
Dias depois desse atentado, um
agente federal morreu no centro
da capital russa ao tentar desativar uma bomba.
Em outro ataque suicida em
Mozdok, uma mulher-bomba
matou 18 pessoas que participavam de uma cerimônia religiosa.
A crescente presença de mulheres em ações terroristas de rebeldes tchetchenos fez com que a mídia russa as apelidasse de "viúvas
negras", pois estariam vingando a
morte de seus maridos.
Baixas militares e desgaste
Os rebeldes também intensificaram ataques contra militares russos na Tchetchênia. No dia 13 de
julho, 12 soldados russos foram
mortos a tiros em uma emboscada. Outras dezenas de soldados
foram mortos em diversos ataques desde o início deste ano.
A crise na Tchetchênia tem sido
o principal foco de desgaste do
presidente russo, Vladimir Putin.
Este, em grande parte, conseguiu
eleger-se graças a seu papel à frente de uma ofensiva contra os rebeldes, no final dos anos 90.
Em março, o governo russo realizou um plebiscito sobre o status
da república separatista. Cerca de
95% teriam votado a favor da
união com Moscou, mas o resultado é considerado suspeito.
Com agências internacionais
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