REINO UNIDO - Em artigo publicado ontem no jornal britânico "Financial Times", o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, argumenta que não há negociação possível entre o Ocidente e os extremistas islâmicos que seja capaz de pôr fim às ações terroristas como o ataque de 7 de julho em Londres, que deixou mais de 50 mortos.
No texto, "There can be no moderate solution to extremism" (Não pode haver solução moderada para o extremismo), Rumsfeld afirma que, diferentemente do que "pensam alguns", a Al Qaeda e outros grupos terroristas islâmicos, "um inimigo que se tornou familiar", não cessariam os ataques a países do Ocidente se as tropas da coalizão liderada pelos Estados Unidos que estão, "a pedido de governos eleitos democraticamente", no Afeganistão e no Iraque deixassem esses países.
Para o secretário da Defesa norte-americano, os recentes atentados promovidos por grupos islâmicos, incluindo o 11 de Setembro, são motivados pelo ódio a valores das sociedades "livres", como a igualdade entre os sexos e a liberdade de expressão. "Eles querem destruir coisas que não conseguiram construir em mil anos e matar pessoas que eles nunca conseguiriam persuadir."
De acordo com Rumsfeld, "os extremistas não pretendem chegar a um acordo com o Ocidente; querem que a América, o Reino Unido e outros aliados abram mão do do compromisso com nossos amigos muçulmanos".

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