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Parceria antiterror com os EUA deve continuar
DA ASSOCIATED PRESS
O problema do terrorismo tem
pautado as relações entre os EUA
e a Arábia Saudita recentemente
e, de acordo com analistas norte-americanos, a cooperação entre
os dois países nesse ponto deve
permanecer em bons termos. Para Tom Casey, porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, a relação entre os dois
países é "excelente"; ambos "trabalham juntos" no combate ao
terrorismo.
Arábia Saudita e EUA têm um
histórico de cooperação que se estreitou com a onda de atentados
ao Ocidente iniciada no 11 de Setembro. Naquela ocasião, dos 19
terroristas suicidas que efetuaram
os ataques a Nova York e Washington, 15 eram sauditas. A resposta saudita, não imediata, foi
uma campanha antiterror agressiva, com prisões e o bloqueio de
doações de dinheiro suspeitas de
financiar grupos terroristas.
"Os sauditas negaram por muito tempo que tivessem problemas
com terrorismo", afirma James
Phillips, especialista em Oriente
Médio da Fundação Heritage.
"Enquanto Osama bin Laden estava matando americanos em vez
de sauditas, eles não estavam tão
preocupados". Mas, depois que a
Al Qaeda promoveu atentados na
Arábia Saudita, em maio de 2003,
os sauditas melhoraram sua política antiterror, diz Phillips.
Ex-diplomatas norte-americanos também concordam que o rei
Abdullah valoriza as boas relações
com os EUA. Mas Geoffrey
Kemp, do Centro Nixon, disse
que vários dos irmãos do novo rei
não apóiam tanto a política exterior dos EUA.
Para Edward S. Walker Jr., presidente do Instituto Oriente Médio, Abdullah está empenhado
"em combater o terrorismo", o
que significa que a sucessão do
trono saudita "deve dar certo" para os EUA. Mas Walker, que já foi
assistente do embaixador norte-americano na Arábia Saudita, expressou preocupação com uma
eventual ascensão do príncipe
Nayef, ministro do Interior, na
hierarquia da corte. "Ele tem dito
não acreditar que o terrorismo seja um problema", afirmou.
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