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China ataca canonização de 120 pelo papa
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
O papa João Paulo 2º, em
uma das medidas mais politicamente delicadas de seu
papado, canonizou ontem
120 "mártires chineses", sob
acusações de Pequim de que
a ação foi uma defesa do imperialismo.
O papa disse que a decisão
não deve ser vista como defesa do colonialismo, mas
um desejo de honrar todos
os chineses.
Pequim chamou os novos
santos de "pecadores diabólicos" e disse que a canonização prejudica muito a normalização das relações do
país com a Santa Sé.
Os novos santos, 87 chineses e 33 missionários, foram
mortos entre 1648 e 1930. Para o Vaticano, eles morreram por causa de sua lealdade à fé cristã. Já a China acha
que eles foram mortos por
serem traidores.
Um funcionário do governo chinês acusou o Vaticano
de descumprir acordo de
não interferir em assuntos
internos da China. O fato de
a celebração no Vaticano ter
acontecido no dia 1º de outubro, Dia Nacional da China, também irritou os líderes
comunistas.
A China tolera o catolicismo, mas apenas dentro de
uma igreja oficial com bispos apontados pelo governo.
Os católicos fiéis ao Vaticano atuam na clandestinidade e são perseguidos.
Depois da canonização, a
China disse que a normalização das relações só será possível se o Vaticano cortar relações diplomáticas com
Taiwan, considerada por Pequim como uma Província
rebelde.
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