|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
IRAQUE SOB TUTELA
EUA lançam nova ação na fronteira síria
Ataques deixam 14 mortos; baixas dos EUA se aproximam de 2.000
DA REDAÇÃO
Pelo menos 11 iraquianos -entre eles um menino e um imã sunita- e três soldados estrangeiros morreram ontem em decorrência de ataques a bomba e a tiros no Iraque. No mesmo dia, os
EUA lançaram mais uma operação militar contra insurgentes e
terroristas no oeste do país, perto
da fronteira com a Síria, envolvendo helicópteros e mais de mil
soldados.
Segundo militares, o menino
morreu em Baquba (norte), vítima de tiros de policiais que tomaram o veículo onde ele estava por
um carro-bomba. Já o imã Salah
Hassan Ayach foi assassinado em
Bagdá quando estava em seu carro. Em Kirkuk (norte), quatro policiais iraquianos morreram e
quatro foram feridos quando
uma bomba explodiu na estrada
por onde passavam.
A coalizão liderada pelos EUA
também sofreu baixas: um soldado dinamarquês morreu e dois
foram feridos em Basra (sul),
também vítimas de uma bomba, e
dois militares americanos foram
mortos em ataques semelhantes
em Beiji (norte) e em Bagdá. Somente na última semana, 15 soldados dos EUA foram mortos, e
as baixas se aproximam de 2000 .
A operação militar, batizada de
Punho de Ferro, é a quarta maior
ofensiva dos EUA na fronteira síria desde maio. Os militares americanos disseram que a ação vai
tentar combater infiltrações e destruir o refúgio de insurgentes.
Segundo o Exército norte-americano, a Al Qaeda tomou o controle da cidade de Sadah e militantes estrangeiros estariam
usando a região fronteiriça para
entrar no país e se unir às forças
insurgentes.
Em Bagdá, insurgentes seqüestraram o irmão do ministro do Interior, Bayan Jabr Solagh, xiita
que controla as forças policiais, e
o filho de um funcionário do alto-escalão militar.
A violência cresce no país num
momento em que os iraquianos
se preparam para votar num plebiscito sobre a nova Constituição,
marcado para 15 de outubro.
O presidente dos EUA, George
W. Bush declarou que prevê a
piora da violência antes da eleição. "Os terroristas têm o hábito
de intensificar a escalada de violência nos períodos que antecedem os principais momentos políticos do Iraque."
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, defendeu a
presença dos EUA no Iraque, dizendo que retirar as tropas agora
seria abandonar o país a "assassinos bárbaros". "Se nós abandonarmos as futuras gerações no
Oriente Médio ao desespero e ao
terror, as estaremos condenando
à insegurança e ao medo", afirmou, em um discurso na Universidade Priceton, em Nova Jersey.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Direitos humanos: ONG relata barbárie em hospital turco Próximo Texto: Rússia: Medo de levante à ucraniana ronda o Kremlin Índice
|