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Policial morto em ação trabalhava em resgate desde 2008
Família pede que corpo de Froilán Jiménez seja enviado à sua comunidade rural natal
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM QUITO
Havia tristeza e desesperança ontem na comunidade
rural de Santo Antônio das
Aradas, Província de Loja,
onde nasceu Froilán Jiménez
Grande, 26, o policial que
morreu na noite de quinta
durante o resgate armado do
presidente Rafael Correa.
Nesse povoado, a 600 km
ao sul de Quito, Jiménez cresceu junto dos pais e oito irmãos. Decidiu ser policial
ainda criança. Formou-se há
seis anos e apenas há dois
passou a fazer parte do Grupo de Intervenção e Resgate,
unidade especial da polícia
equatoriana.
"Lamentavelmente ele se
preparou para esse tipo de
operação e morreu ontem
tentando resgatar o presidente", disse à Folha com a
voz entrecortada e entre lágrimas Tania, uma irmã.
Ela conta que, depois de se
formar, o irmão se casou com
uma colega que hoje trabalha no aeroporto de Quito.
Deixa um filho de dois anos.
Os pais do policial viajaram ontem cedo para Quito
para fazer-se cargo do cadáver do filho.
Segundo Tania, o irmão
comentava que estava indo
bem no trabalho, ainda que
se preocupasse pela própria
vida. "Seu trabalho era pesado e muito perigoso. Justo há
dois meses soube que seria
destacado para o resgate de
reféns e a captura de narcotraficantes."
Sua irmã Rosa, ainda mais
abalada, pede às autoridades
que trasladem o corpo do policial à terra natal e que de algum modo cuidem da família, especialmente de seu filho. "Quero vê-lo ainda que
esteja morto", diz. (JO)
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