São Paulo, sábado, 02 de outubro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Policial morto em ação trabalhava em resgate desde 2008

Família pede que corpo de Froilán Jiménez seja enviado à sua comunidade rural natal

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM QUITO

Havia tristeza e desesperança ontem na comunidade rural de Santo Antônio das Aradas, Província de Loja, onde nasceu Froilán Jiménez Grande, 26, o policial que morreu na noite de quinta durante o resgate armado do presidente Rafael Correa.
Nesse povoado, a 600 km ao sul de Quito, Jiménez cresceu junto dos pais e oito irmãos. Decidiu ser policial ainda criança. Formou-se há seis anos e apenas há dois passou a fazer parte do Grupo de Intervenção e Resgate, unidade especial da polícia equatoriana.
"Lamentavelmente ele se preparou para esse tipo de operação e morreu ontem tentando resgatar o presidente", disse à Folha com a voz entrecortada e entre lágrimas Tania, uma irmã.
Ela conta que, depois de se formar, o irmão se casou com uma colega que hoje trabalha no aeroporto de Quito. Deixa um filho de dois anos.
Os pais do policial viajaram ontem cedo para Quito para fazer-se cargo do cadáver do filho.
Segundo Tania, o irmão comentava que estava indo bem no trabalho, ainda que se preocupasse pela própria vida. "Seu trabalho era pesado e muito perigoso. Justo há dois meses soube que seria destacado para o resgate de reféns e a captura de narcotraficantes."
Sua irmã Rosa, ainda mais abalada, pede às autoridades que trasladem o corpo do policial à terra natal e que de algum modo cuidem da família, especialmente de seu filho. "Quero vê-lo ainda que esteja morto", diz. (JO)


Texto Anterior: População teme onda de criminalidade
Próximo Texto: Brasileiro diz que protestou a favor de Correa
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.