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Brasileiro diz que protestou a favor de Correa
DE SÃO PAULO
"Como já moro aqui há
cinco anos, me senti um
pouco convidado a protestar também contra o que estava acontecendo, porque
foi muito absurdo, algo surreal", disse o professor
Everton Costa, 29.
Ele se juntou à multidão
de manifestantes que tentou resgatar o presidente
Rafael Correa do cerco ao
hospital militar anteontem.
Costa é professor de português do Instituto Brasileiro Equatoriano de Cultura
(Ibec), ligado à Embaixada
do Brasil no Equador.
Ele diz que percebeu a
gravidade da situação
quando a instituição em
que trabalha teve de fechar
por medida de segurança.
Nesse momento, ele decidiu se juntar aos manifestantes que iam para o hospital onde estava Correa.
"A gente começou a ouvir
bombas na rua. Eu estava
subindo com o povo [a ladeira que leva ao hospital],
gritava com eles. De repente
eu vi que todo mundo voltava correndo. Ouvimos tiros
e vieram as bombas de gás
lacrimogêneo", disse.
Já o brasileiro Rômulo Lopes Torres, 26, que vive em
Quito há três anos, saiu normalmente de casa anteontem para almoçar, quando
seu chefe telefonou e lhe
deu o conselho de voltar para casa imediatamente. Ele
também trabalha no Ibec.
Torres disse que muitos
sites dos jornais locais estavam fora do ar e que os telefones não funcionavam
muito bem.
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