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INVESTIGAÇÃO
Governo suspeita que detidos soubessem previamente dos ataques de 11 de setembro aos EUA
FBI prendeu três membros da Al Qaeda
DO "THE INDEPENDENT"
O FBI (polícia federal dos EUA)
prendeu três membros da rede Al
Qaeda que podem ter tido conhecimento prévio dos atentados suicidas de 11 de setembro.
Os homens -todos árabes-
foram detidos em Michigan com
mapas de aeroportos e um visto,
uma carteira de identidade e um
formulário de imigração falsos.
O secretário de Justiça dos EUA,
John Ashcroft, disse ao jornal
"The New York Times" que eles
eram "suspeitos de ter conhecimento" sobre os ataques de 11 de
setembro. "É difícil para alguém
que esteja na cadeia ou detido assassinar pessoas inocentes ou ser
cúmplice de terrorismo", disse
ele, justificando as prisões.
"Como uma nação de imigrantes, os EUA acolhem amigos de
outros países que queiram visitar,
estudar, trabalhar. Mas, como
mostra o dia 11 de setembro, estrangeiros também vêm a nosso
país com a intenção de fazer um
grande mal. A detenção agressiva
de violadores da lei e testemunhas
materiais é vital para evitar, impedir ou adiar novos ataques."
Ashcroft não forneceu os nomes dos três homens, mas eles já
haviam sido identificados por
funcionários do Executivo como
Karma Koubriti, 23, Ahmen Hannan, 33, e Youssef Hmimssa.
Eles foram presos em 17 de setembro, quando agentes do FBI
invadiram um apartamento em
Detroit (Michigan), em busca de
Nabil al Marabh, suposto membro da Al Qaeda. O nome de Marabh figurava no interfone do prédio, mas ele não estava em casa.
O FBI acabou encontrando
Koubriti, Hannan e um homem
chamado Farouk Ali-Hamoud no
apartamento. Segundo Robert
Pertuso, o agente do FBI em Detroit que coordena a investigação,
os homens lhe disseram que moravam no apartamento havia apenas duas semanas e que Marabh
poderia ter morado no local.
Dentro do prédio, agentes encontraram crachás de identificação do Aeroporto Metropolitano
de Detroit em nome de Hannan e
Koubriti, que já haviam trabalhado no local como lavadores de
pratos, e uma agenda com anotações em árabe.
Pertuso disse que algumas das
anotações se referiam a uma base
norte-americana na Turquia.
Também havia anotações sobre
"o ministro das Relações Exteriores americano" e o Aeroporto Internacional de Alia, em Amã.
Segundo o "The New York Times", agentes afirmaram que
Koubriti lhes dissera que os documentos, que também incluíam fotos de passaporte e documentos
de identidade falsos, pertenciam a
outro homem, Hmimssa, que havia morado no apartamento.
Hmimssa foi preso mais tarde em
Iowa. Os três homens foram indiciados sob acusações de fraude e
mau uso de documentos.
Marabh, que foi preso em 19 de
setembro em Chicago, está detido
como testemunha material em
Nova York e tinha carteira de motorista comercial e licença para
transportar materiais perigosos.
Apesar de funcionários do Executivo já terem dito que os homens tinham conexão com os
ataques, essa é a primeira vez que
um membro do governo admite
as suspeitas publicamente.
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