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Mais uma embaixada dos EUA
recebe carta com traços de antraz
DA REDAÇÃO
Traços da bactéria antraz foram
encontradas em correspondência
enviada à Embaixada dos EUA
em Vilna, capital da Lituânia.
É a segunda missão diplomática
americana a receber a bactéria em
correspondência enviada pelo
Departamento de Estado dos
EUA, em Washington, onde foi
encontrado antraz em salas de
correio. A primeira foi a embaixada no Peru, no dia 29.
"Depois do teste, podemos dizer com 95% ou talvez 98% de
certeza que encontramos antraz
em ao menos um dos cinco malotes de correspondência", afirmou
Kazimiera Rutiene, chefe do laboratório de microbiologia do centro de saúde pública de Vilna.
A embaixada confirmou a informação e disse já ter tomado
medidas de precaução.
A Embaixada dos EUA em
Montevidéu (Uruguai) foi fechada ontem ao receber um envelope
com suspeita de conter antraz.
A bactéria também foi detectada em uma agência de distribuição do correio em Kansas City,
anteontem. O local foi fechado, e
os 200 funcionários foram aconselhados a tomar antibióticos.
A confirmação oficial da presença de antraz só virá depois de
completados os exames sendo feitos pelo Centro de Controle de
Doenças dos EUA.
Autoridades disseram que os
esporos (forma da bactéria que
resiste mais tempo ao ambiente)
foram encontrados em 14 bandejas com mais de 7.000 correspondências.
As cartas vieram do centro de
processamento de correspondência de Brentwood, em Washington, onde também foi detectado
antraz e onde dois trabalhadores
postais morreram da doença.
Quatro salas de correio nos prédios da FDA (agência que regulamenta alimentos e medicamentos
nos EUA) testaram positivo em
exames preliminares para antraz.
Ontem, um dia depois da primeira morte em Nova York por
antraz respiratório, investigadores continuaram a buscar pistas
sobre a forma de contaminação
da vítima.
As outras três mortes pela forma respiratória da doença nos
EUA foram ligadas a cartas contendo antraz. Apenas Kathy Nguyen, 61, vietnamita radicada em
Nova York, até o momento não tinha ligação com nenhuma fonte
conhecida da bactéria.
Enquanto isso, espera-se que
uma comissão especial dos EUA
sobre terrorismo entregue um relatório pedindo a criação de um
laboratório nacional para o desenvolvimento de vacinas para
combater ameaças provenientes
de armas biológicas, que usam
bactérias e vírus patogênicos para
causar doenças e mortes.
Argentina
A suspeita de que uma carta enviada dos EUA à Argentina contivesse antraz não se confirmou.
Andrés Ruiz, diretor do instituto
de infectologia Malbrán, em Buenos Aires, confirmou ontem "não
se tratar de antraz". Entretanto o
material será enviado para os
EUA para novo estudo.
Há duas semanas, o ministro da
Saúde argentino, Héctor Lombardo, anunciou a presença da bactéria na carta. Dias depois, ele disse
que o envelope era "inócuo".
Com agências internacionais
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