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SAIBA MAIS
Mohammed é o "engenheiro" da Al Qaeda
DA REUTERS
A prisão de Khalid Sheikh
Mohammed é a mais importante até agora na luta global
contra o terror promovida
pelos EUA. Autoproclamado chefe do comitê militar
da Al Qaeda e identificado
pelos investigadores americanos como o principal planejador dos ataques de 11 de
setembro de 2001, ele é visto
como pivô para as operações
da rede de Osama bin Laden.
Com idade presumida de
37 anos, ele foi incluído em
outubro de 2001 na lista de
22 terroristas mais procurados pelo FBI, e uma recompensa de US$ 25 milhões foi
oferecida por sua prisão.
"Se Bin Laden é o arquiteto
da Al Qaeda, Mohammed é
o engenheiro", disse um investigador ao "Los Angeles
Times", num perfil publicado no ano passado. Segundo
esse perfil, Mohammed nasceu no Kuait em 1965, mas
sua família seria de uma Província do Paquistão na fronteira com o Afeganistão.
Ele estudou nos EUA numa pequena escola batista
na Carolina do Norte, popular entre os estudantes do
Oriente Médio, onde frequentou um curso preparatório para engenharia. "Era
um bom estudante -um
pouco acima da média", disse o chefe do departamento
de ciências da escola, Garth
Faile. Posteriormente, ele ingressou no curso de engenharia da Agricultural and
Technical State University,
na Carolina do Norte.
No fim dos anos 80 foi para
Peshawar, no norte do Paquistão, onde frequentou,
com os irmãos, um pequeno
círculo que incluía Bin Laden. Nesse tempo, Peshawar
era base para os "mujaheedin", os guerrilheiros afegãos que lutavam contra a
ocupação soviética com ajuda dos EUA. Mas, com a retirada soviética, em 1989, e o
fim da ajuda, os EUA foram
logo vistos como traidores.
Em 1995, Ramzi Ahmed
Yousef foi preso em Islamabad, a capital paquistanesa.
Sobrinho de Mohammed,
ele era acusado de planejar o
ataque a bomba de 1993 ao
World Trade Center, em
Nova York, e hoje está em
prisão perpétua. No ano seguinte, Mohammed foi indiciado nos EUA por sua participação em um suposto plano para explodir aviões civis
americanos sobre o Pacífico.
Mas ele permaneceu à solta e, segundo os investigadores, viajou o mundo em seu
papel de principal agente recrutador da Al Qaeda. Ele é
suspeito de envolvimento
com os atentados às embaixadas dos EUA no Quênia e
na Tanzânia, em 1998, e ao
destróier americano USS
Cole, no Iêmen, em 2000.
Após os ataques de 11 de
setembro, ele teria fugido do
Afeganistão para o Paquistão. Em setembro, a polícia
de Karachi identificou-o como um homem atingido por
um atirador durante um tiroteio com militantes da Al
Qaeda. A informação foi negada depois por um militante paquistanês.
Um jornal paquistanês, ao
relatar o ocorrido, disse que
os investigadores acreditavam que foi Mohammed
quem cortou a garganta do
repórter americano Daniel
Pearl em frente a uma câmera. Pearl havia sido sequestrado em janeiro do ano passado, quando fazia uma reportagem sobre extremistas.
O militante Ahmed Omar
Sayeed Sheikh, nascido no
Reino Unido, foi condenado
à morte no mês passado pelo
sequestro e morte de Pearl, e
três cúmplices foram condenados à prisão perpétua.
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