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VENEZUELA
Chávez culpa a oposição por onda de ataques
Carro-bomba explode diante da casa de líder grevista petroleiro
DA REDAÇÃO
Um carro-bomba explodiu na
madrugada de ontem em uma
área residencial dentro de um
campo de petróleo em Maracaibo
(noroeste da Venezuela), em frente à casa de um dos líderes da greve na indústria petrolífera, sem
deixar vítimas.
A explosão, próxima também a
um escritório da companhia petroleira americana Chevron, provocou severos danos materiais,
mas tanto o líder petroleiro opositor Antonio Melián quanto parentes e amigos que estavam em
casa na hora saíram ilesos.
Esse foi o terceiro grande ataque
à bomba na Venezuela em menos
de uma semana. Na madrugada
de terça-feira, quatro pessoas ficaram levemente feridas após a explosão de duas bombas, no Consulado da Colômbia e na Embaixada da Espanha, em Caracas.
Segundo Ildefonso Urdaneta,
chefe da polícia científica do Estado de Zulia, onde ocorreu o ataque de ontem, o explosivo utilizado no carro-bomba poderia ser
do mesmo tipo usado nos atentados da terça-feira em Caracas. Ele
disse, porém, que as análises só
devem ficar prontas em 48 horas.
Os atentados ocorrem menos
de duas semanas após a assinatura de um acordo contra a violência entre o governo e a oposição.
A oposição acusa o governo de
ter descumprido o acordo logo no
dia seguinte, com a prisão do líder
empresarial opositor Carlos Fernández. O governo, por sua vez,
alega que a ordem de prisão partiu da Justiça, um Poder autônomo. A oposição também sugeriu a
participação do governo nos
atentados da semana passada.
O presidente Hugo Chávez acusou ontem setores da oposição de
estarem por trás dos atentados e
disse ter "boas pistas" sobre os
responsáveis pelos crimes.
"Há setores desesperados que,
como fracassaram com o golpe e
com a sabotagem petroleira, agora adotaram o terrorismo e andam pondo bombas ou ameaçando com bombas", afirmou Chávez em seu programa dominical
de rádio e TV, "Alô, presidente".
Segundo ele, os órgãos de segurança já identificaram os suspeitos pelos atentados. "Deram-me
um relatório completinho de onde veio a bomba, quem vendeu
para quem", disse. "Já tenho até
as fotos dos suspeitos, a quem estamos procurando", afirmou.
Com agências internacionais
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