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EUA vêem ação contra democracia
DA REDAÇÃO
Os EUA classificaram os ataques de uma tentativa desesperada dos insurgentes iraquianos de
minar o processo de democratização do país. Um dos vice-presidentes do Irã apontou a rede terrorista Al Qaeda como responsável pelos atentados.
"Há inimigos da liberdade no
Iraque que tentam enfraquecer o
futuro pacífico e democrático do
povo iraquiano. Eles fracassarão.
A democracia está criando raízes
e não pode ser impedida", declarou Scott McClellan, porta-voz da
Casa Branca.
McClellan disse não saber quem
eram os responsáveis pelos ataques, mas afirmou que "certamente [se tratava] dos tipos de tática" empregados pela Al Qaeda.
"O grupo terrorista reacionário
Al Qaeda chegou à conclusão de
que tem dois inimigos: os Estados
Unidos, como o inimigo político,
e os xiitas, como o inimigo ideológico", escreveu em seu site o vice-presidente iraniano para assuntos
jurídicos e parlamentares, Mohammad Ali Abtahi.
Segundo Abtahi, a rede terrorista de Osama bin Laden considera
os xiitas mais perigosos do que os
norte-americanos. A maioria dos
membros da Al Qaeda é sunita, e a
organização arregimenta seus
quadros entre aqueles mais conservadores, que consideram os
xiitas heréticos.
"Os criminosos estão tentando
instalar a discórdia no Iraque,
mas vamos enfrentá-los até a última gota de sangue", disse Mohammed Bahrul al Ulum, presidente do Conselho de Governo
Iraquiano. Vários membros do
conselho atribuíram a autoria dos
ataques ao jordaniano Abu Musab al Zarqawi, suspeito de outros
ataques realizados no país e de ter
vínculo com a Al Qaeda.
Amr Moussa, presidente da Liga Árabe, que reúne 22 países, disse que os iraquianos não devem
deixar que ninguém os divida. O
xeque Hassan Nasrallah, do grupo extremista xiita libanês Hizbollah, disse que uma guerra civil só
interessaria aos EUA. "Não permitam que os sionistas, os americanos ou os assassinos fanáticos
levem o país para o abismo."
Para o premiê britânico, Tony
Blair, os ataques foram planejados "para tentar antagonizar as
diferentes comunidades religiosas do Iraque, num momento em
que a vasta maioria das pessoas
quer construir um país estável, livre, próspero e democrático". De
acordo com o porta-voz Fred Eckhard, o secretário-geral da ONU,
Kofi Annan, encorajou "todos os
iraquianos a evitar atos que possam enfraquecer os esforços em
busca da reconciliação nacional".
Com agências internacionais
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