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Pai de vítima vê conspiração
ANDREW BUNCOMBE
do "The Independent"
A velha bicicleta holandesa custou cerca de US$ 32. Jim Swire a
pintou e colocou uma bandeira
azul com a frase "Pan Am - a verdade deve ser conhecida". A filha
de Swire, Flora, estava entre as 270
vítimas do atentado de Lockerbie.
Nos próximos doze meses, essa
bicicleta será o principal meio de
transporte para levá-lo do apartamento alugado ao local onde
ocorre o julgamento do caso Lockerbie, Camp Zeist (Holanda).
"Creio que ele (o julgamento)
vai mostrar a culpa ou a inocência
dos acusados. Vivemos num
emaranhado de teorias conspiratórias. Esperamos que a dissecação das provas mostre que partes
de qual teoria têm credibilidade",
afirma Swire. "Isso vai finalmente
acabar com o argumento político
de que não podemos ter investigações relacionadas a segurança
aérea ou questões ligadas a serviços de inteligência."
Talvez a única verdade indiscutível nesse caso é que, em 21 de dezembro de 1988, o avião da Pan
Am explodiu sobre Lockerbie.
Há várias teorias sobre o que
aconteceu. Alguns dizem que a
explosão foi arquitetada por líbios, por causa do ataque ordenado por Ronald Reagan, em 1986,
contra Trípoli. Outros afirmam
que os terroristas eram iranianos.
Swire e outros familiares de pessoas que morreram no atentado
gostariam de uma investigação
mais aprofundada após a conclusão desse processo. "Perdi minha
filha, e parecia que ninguém se
importava com isso. Quero ser capaz de olhar para trás e dizer que
fiz tudo o que foi possível."
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