São Paulo, quarta-feira, 03 de maio de 2000


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Pai de vítima vê conspiração

ANDREW BUNCOMBE
do "The Independent"


A velha bicicleta holandesa custou cerca de US$ 32. Jim Swire a pintou e colocou uma bandeira azul com a frase "Pan Am - a verdade deve ser conhecida". A filha de Swire, Flora, estava entre as 270 vítimas do atentado de Lockerbie.
Nos próximos doze meses, essa bicicleta será o principal meio de transporte para levá-lo do apartamento alugado ao local onde ocorre o julgamento do caso Lockerbie, Camp Zeist (Holanda).
"Creio que ele (o julgamento) vai mostrar a culpa ou a inocência dos acusados. Vivemos num emaranhado de teorias conspiratórias. Esperamos que a dissecação das provas mostre que partes de qual teoria têm credibilidade", afirma Swire. "Isso vai finalmente acabar com o argumento político de que não podemos ter investigações relacionadas a segurança aérea ou questões ligadas a serviços de inteligência."
Talvez a única verdade indiscutível nesse caso é que, em 21 de dezembro de 1988, o avião da Pan Am explodiu sobre Lockerbie.
Há várias teorias sobre o que aconteceu. Alguns dizem que a explosão foi arquitetada por líbios, por causa do ataque ordenado por Ronald Reagan, em 1986, contra Trípoli. Outros afirmam que os terroristas eram iranianos.
Swire e outros familiares de pessoas que morreram no atentado gostariam de uma investigação mais aprofundada após a conclusão desse processo. "Perdi minha filha, e parecia que ninguém se importava com isso. Quero ser capaz de olhar para trás e dizer que fiz tudo o que foi possível."


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