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SUDESTE ASIÁTICO
Pelo menos 1 soldado morreu e 7 ficaram feridos
Exército das Filipinas enfrenta grupo que sequestrou turistas
das agências internacionais
O Exército das Filipinas enfrentou ontem guerrilheiros islâmicos
do Abu Sayyaf, grupo que sequestrou, na semana passada, 21 turistas em um hotel de luxo da Malásia. O combate durou uma hora e
ocorreu a apenas 300 metros do
local onde são mantidos os reféns,
na ilha de Jolo (sul do país).
Pelo menos um soldado morreu
e sete ficaram feridos. O número
de baixas entre os rebeldes não foi
divulgado pelo governo filipino,
que afirmou ter bombardeado
uma área em que os líderes guerrilheiros se reuniam.
As condições dos reféns -dez
malasianos, três alemães, dois
franceses, dois sul-africanos, dois
finlandeses, uma libanesa e uma
filipina- eram desconhecidas
até a noite de ontem. Anteontem,
jornalistas que tiveram permissão
de visitá-los contaram que eles
vêm passando fome e sede.
A ação das tropas filipinas
-cerca de 2.000 soldados fazem
um cordão de isolamento na região- ocorreu horas após um
dos sequestradores ter ameaçado
decapitar dois turistas caso o
Exército não se retirasse do local.
Identificando-se como Abu Escobar, um rebelde dissera a uma
estação de rádio local: "Talvez os
surpreendamos amanhã com
duas cabeças de estrangeiros".
Um porta-voz militar disse que
o enfrentamento de ontem começou quando rebeldes tentaram furar o cerco do Exército para fugir.
O presidente francês, Jacques
Chirac, disse estar preocupado
com a situação nas Filipinas e pediu ao governo do país que tente
encerrar a crise com segurança.
Governantes da Finlândia, da Alemanha e da África do Sul fizeram
declarações com o mesmo teor.
Nur Misuari, um ex-rebelde que
encabeça as negociações com os
sequestradores, declarou que
"eles estão dispostos a lutar, dispostos a matar, o que é muito perigoso. (...) Veremos de que forma
podemos penetrar".
A ilha de Jolo (960 km ao sul da
capital Manila) é um dos bastiões
do Abu Sayyaf, um dos dois grupos extremistas que lutam para
criar um Estado islâmico separado do restante do país, de população majoritariamente católica.
Os militares filipinos também
combateram ontem a outra organização, a Frente Moro de Libertação Islâmica, em outra ilha do
arquipélago do Sudeste Asiático.
Mais de 80 pessoas morreram.
Na semana passada, operação
para resgatar 27 filipinos mantidos pelo Abu Sayyaf em Basilan
(próximo a Jolo) fracassou. Soldados dominaram o acampamento, mas os guerrilheiros escaparam com os reféns -a maior
parte deles crianças.
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