São Paulo, quarta-feira, 03 de julho de 2002

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EUA

Ação visa evitar gravidez indesejada e difusão de doenças sexualmente transmissíveis; democratas criticam medida

Bush dá US$ 30 mi para promover abstinência sexual

DA REDAÇÃO

O governo dos Estados Unidos anunciou ontem que destinará quase US$ 30 milhões para organizar reuniões buscando promover a abstinência sexual antes do casamento entre adolescentes norte-americanos.
O anúncio foi feito pelo secretário da Saúde, Tommy Thompson. O montante será destinado a igrejas, escolas e centros de saúde. Esses locais deverão instituir sessões com a finalidade de convencer adolescentes de 12 a 18 anos a não manterem relações sexuais antes do casamento. Thompson acrescentou que essa iniciativa terá uma segunda etapa de subsídios nos próximos meses.
"Os programas de educação sobre abstinência criam no seio das comunidades um ambiente no qual os adolescentes podem tomar a decisão de manter relações após o casamento", disse o secretário da Saúde.
O objetivo do governo americano ao realizar esses programas de abstinência sexual é diminuir o número de gravidezes indesejadas e evitar a difusão de doenças sexualmente transmissíveis.
Na sua campanha eleitoral, o presidente dos EUA, George W. Bush, prometeu destinar até US$ 135 milhões para promover a abstinência no país.

Oposição
Uma parte da oposição democrata critica esses programas a favor da abstinência. Eles querem que, nas sessões em que o assunto for debatido, sejam mencionados métodos anticoncepcionais e de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
Em abril, uma comissão da Câmara dos Deputados, dominada pelos republicanos, havia renovado por cinco anos um programa federal para promover a abstinência sexual.
Eles não acataram uma emenda democrata que visava deixar a cada Estado a liberdade de acrescentar informações sobre métodos anticoncepcionais.
A lei federal em vigor afirma que o dinheiro destinado por Washington deve servir apenas para convencer adolescentes a não praticarem relações antes do casamento. Pela lei, é proibido instruir os adolescentes a utilizarem métodos anticoncepcionais para evitar a gravidez e doenças sexualmente transmissíveis.


Com agências internacionais


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