São Paulo, sábado, 03 de julho de 2004

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Soldado britânico vira réu por ferir menino

DA REDAÇÃO

Um soldado britânico irá a julgamento por ter atirado contra um adolescente iraquiano de apenas 13 anos, segundo informaram ontem autoridades do Reino Unido. O adolescente ficou ferido.
O ministro da Justiça britânico, Peter Goldsmith, disse que o soldado Alexander Johnston enfrentará a corte marcial por ter desrespeitado normas e ter ferido o menino no dia 15 de setembro, em Al Uzayr, no sul do Iraque. Ele também poderá ser acusado de negligência no uso de sua arma.
O Ministério da Defesa não divulgou detalhes sobre o episódio nem sobre o estado de saúde do adolescente. Fontes militares disseram que o caso ocorreu quando Johnston fazia policiamento.
Ainda não há data para o julgamento. Provavelmente, segundo autoridades britânicas, ele venha a ocorrer no Iraque.
No mês passado, o governo britânico declarou que estava investigando 30 casos de abuso, morte e ferimento de civis no Iraque. Outras 37 investigações foram concluídas e arquivadas. Nenhuma medida foi tomada. Também no último mês, foi anunciado que quatro soldados iriam à corte marcial por abuso de prisioneiros no Iraque. As acusações incluíam agressão e humilhação sexual.
Goldsmith afirmou que os abusos -sobre os quais há provas fotográficas- ocorreram quando civis foram detidos temporariamente, não em prisões.
Em abril, fotos de soldados americanos torturando prisioneiros iraquianos em Abu Ghraib escandalizaram o mundo.

EUA
Três soldados americanos foram acusados ontem de homicídio culposo (sem intenção) pela morte de um iraquiano que foi forçado a pular de uma ponte em Samarra, perto de Bagdá, em janeiro, segundo fontes militares. Um quarto soldado está sendo acusado por supostamente ordenar que um outro iraquiano saltasse da ponte. Ele sobreviveu.
De acordo com o Exército, a vítima era um prisioneiro, mas não foram divulgados mais detalhes.


Com agências internacionais

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