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Força dos EUA
deve ficar por
até cinco anos
DA REDAÇÃO
Apesar da recém-adquirida
"soberania" iraquiana, as tropas
dos EUA devem permanecer no
Iraque por mais cinco anos, disse
ontem o chefe do Estado-Maior
das Forças Armadas americanas,
general Richard Myers. É a primeira vez, após a posse do governo interino iraquiano, que a alta
hierarquia militar dos EUA faz
uma projeção tão extensa da presença de tropas estrangeiras.
"Nós podemos fazer isso [manter soldados no Iraque] e temos
planos para fazê-lo pelo tempo
que for necessário", disse Myers
em entrevista à rede de TV PBS, a
emissora pública americana. "Vai
levar seis meses, um ano, um ano
e meio, dois, três, provavelmente
quatro ou cinco anos até que essas
forças [iraquianas] estejam prontas e tenham as qualificações necessárias para fazer o que devem."
Os EUA têm hoje 138 mil militares à frente de uma força multinacional de 160 mil homens no Iraque, onde a situação de segurança
segue precária. Ontem, dois marines morreram em Fallujah (oeste), e dois hotéis em Bagdá foram
atacados com foguetes pela insurgência -três pessoas foram feridas. Em contrapartida, um refém
paquistanês e dois turcos seqüestrados em junho foram soltos.
O governo polonês afirmou que
dois obuses achados por seus soldados no Iraque continham ciclossarin -mas, segundo os
EUA, a quantidade era mínima, e
as peças eram anteriores a 1990. O
suposto arsenal químico iraquiano foi citado como uma das razões da invasão, embora sua existência não tenha sido provada.
Também ontem, a Jordânia e o
Iêmen se tornaram os primeiros
países árabes a se oferecerem para
integrar a força comandada pelos
EUA no Iraque. O gesto é simbólico: o Iêmen condiciona a participação ao controle da força pela
ONU, em lugar dos EUA, enquanto a Jordânia deve ser vetada
por Bagdá -o gabinete interino
recusa tropas de vizinhos.
Com agências internacionais
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