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GUERRA SEM LIMITES
Advogado diz que 9 dos 600 detidos exigem que governo dos EUA explique sua situação
Ações questionam detenção em Guantánamo
DA ASSOCIATED PRESS
Advogados entraram com
ações judiciais numa corte de
Washington e exigiram que o governo dos EUA justifique a detenção na base de Guantánamo, em
Cuba, de nove estrangeiros supostamente envolvidos com o terrorismo internacional, segundo
informação divulgada ontem por
Jeffrey Fogel, que representa alguns dos prisioneiros.
Essas ações judiciais são as primeiras do gênero desde que a Suprema Corte dos EUA decidiu
que os cerca de 600 presos de
Guantánamo têm o direito de
contestar sua detenção em tribunais americanos, na última segunda-feira.
Os pedidos de habeas corpus
questionam a legalidade das detenções e exigem que o governo
dos EUA explique oficialmente
por que os homens estão presos,
de acordo com Fogel, diretor jurídico do Centro por Direitos Constitucionais, de Nova York.
"Trata-se do início da tentativa
de fazer valer o que a Suprema
Corte determinou como o modo
de fazer justiça. O primeiro passo
é a resposta do governo a nossas
exigências", afirmou Fogel.
Segundo ele, advogados de diferentes escritórios que trabalham
com o Centro por Direitos Constitucionais entraram com as ações
judiciais. Há dois britânicos, três
franceses, um alemão de origem
turca, um refugiado palestino, um
refugiado iraquiano e um canadense entre os estrangeiros que
questionaram sua detenção.
Os advogados que entraram
com as ações judiciais não puderam encontrar-se com os detidos
em Guantánamo. De acordo com
Fogel, porém, os advogados foram autorizados a fazê-lo por familiares dos prisioneiros.
O Centro por Direitos Constitucionais, uma entidade sem fins lucrativos, também enviou uma
carta ao secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, exigindo o direito
de visitar 53 presos em Guantánamo. O Pentágono ainda não respondeu à carta, segundo Fogel.
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