São Paulo, sábado, 03 de julho de 2004

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GUERRA SEM LIMITES

Advogado diz que 9 dos 600 detidos exigem que governo dos EUA explique sua situação

Ações questionam detenção em Guantánamo

DA ASSOCIATED PRESS

Advogados entraram com ações judiciais numa corte de Washington e exigiram que o governo dos EUA justifique a detenção na base de Guantánamo, em Cuba, de nove estrangeiros supostamente envolvidos com o terrorismo internacional, segundo informação divulgada ontem por Jeffrey Fogel, que representa alguns dos prisioneiros.
Essas ações judiciais são as primeiras do gênero desde que a Suprema Corte dos EUA decidiu que os cerca de 600 presos de Guantánamo têm o direito de contestar sua detenção em tribunais americanos, na última segunda-feira.
Os pedidos de habeas corpus questionam a legalidade das detenções e exigem que o governo dos EUA explique oficialmente por que os homens estão presos, de acordo com Fogel, diretor jurídico do Centro por Direitos Constitucionais, de Nova York.
"Trata-se do início da tentativa de fazer valer o que a Suprema Corte determinou como o modo de fazer justiça. O primeiro passo é a resposta do governo a nossas exigências", afirmou Fogel.
Segundo ele, advogados de diferentes escritórios que trabalham com o Centro por Direitos Constitucionais entraram com as ações judiciais. Há dois britânicos, três franceses, um alemão de origem turca, um refugiado palestino, um refugiado iraquiano e um canadense entre os estrangeiros que questionaram sua detenção.
Os advogados que entraram com as ações judiciais não puderam encontrar-se com os detidos em Guantánamo. De acordo com Fogel, porém, os advogados foram autorizados a fazê-lo por familiares dos prisioneiros.
O Centro por Direitos Constitucionais, uma entidade sem fins lucrativos, também enviou uma carta ao secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, exigindo o direito de visitar 53 presos em Guantánamo. O Pentágono ainda não respondeu à carta, segundo Fogel.


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