São Paulo, quinta-feira, 03 de julho de 2008

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Americanos estavam em missão militar

DA REDAÇÃO

Entre os reféns das Farc resgatados ontem há três americanos que estavam em poder da guerrilha desde fevereiro de 2003.
Marc Gonsalves, 35, Thomas Howes, 54, e Keith Stansell, 43, caíram nas mãos das Farc quando a aeronave em que estavam foi, segundo o Departamento de Estado dos EUA, abatida pela guerrilha. Os três cumpriam na ocasião uma missão sob contrato do Pentágono, num vôo de vigilância dentro do Plano Colômbia de combate às drogas. Empregados da Northrop Grumman, empresa de serviços e produtos de defesa, eles sobrevoavam o departamento colombiano de Caquetá.
Segundo Washington, outro americano que participava da missão, Thomas Janis, foi morto pela guerrilha -assim como um soldado colombiano.
As famílias dos três americanos manifestaram, por meio de um porta-voz, "seu agradecimento aos soldados colombianos e aos serviços de inteligência" do país, acrescentando que esperavam poder rever seus parentes hoje, já de volta aos EUA. Segundo o governo colombiano, eles já estavam voando para os EUA na noite de ontem.
O ex-senador colombiano Luiz Eladio Pérez, também refém das Farc que foi libertado em fevereiro deste ano, afirmou, quando de sua libertação, que os americanos sofriam com doenças tropicais e com as seqüelas da queda do avião. O político disse ainda que Howes havia se ferido e que era muito difícil conseguir remédios, acrescentando que ele recebia pouco tratamento.
Ainda segundo Pérez, Gonsalves, Stansell e Howes tentaram enviar, por seu intermédio, apelos por socorro a políticos e à imprensa dos EUA, mas tais mensagens foram confiscadas pelos guerrilheiros.
O ex-senador colombiano contou que as cartas eram endereçadas ao presidente dos EUA, George W. Bush, à líder da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, e aos candidatos à Casa Branca John McCain e Barack Obama. A última prova de que os três americanos estavam vivos veio a público em novembro do ano passado, em imagens divulgadas pelo governo colombiano.
No último dia 28 de janeiro, o líder das Farc Ricardo Palmera, conhecido como Simon Trinidad, que fora extraditado para os EUA, foi julgado naquele país pelo seqüestro dos americanos e condenado a 60 anos de detenção.


Com agências internacionais

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