São Paulo, sexta, 3 de julho de 1998

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Erros atingem várias publicações

de Washington
A semana começou gloriosa para a CNN. Pesquisa de opinião pública feita pelo Instituto Gallup e publicada pela revista "American Journalism Review" mostrava a rede de TV como o veículo de comunicação de massa com maior credibilidade nos EUA (59% das preferências).
O episódio do gás sarin não só coloca em risco esse capital de prestígio da CNN. Ele ajuda a afundar mais a já baixíssima reputação do jornalismo em geral no país.
O incidente é o mais recente de uma série que, nas últimas seis semanas, abalou indústria jornalística norte-americana.
Primeiro, foi a admissão pela revista política semanal "The New Republic" de que 27 das 41 reportagens de autoria de Stephen Gass que ela publicara eram simplesmente falsas, exercícios de ficção.
Depois, uma das mais respeitadas colunistas de Boston, finalista do Prêmio Pulitzer de 1998, Patricia Smith, foi demitida pelo diário "Boston Globe" (do grupo "The New York Times") por ter inventado personagens e declarações.
No domingo passado, o jornal "The Cincinnati Enquirer" publicou no alto de sua primeira página, em quatro colunas, um pedido de desculpas à empresa Chiquita Brands International, por uma reportagem que a acusava de práticas comerciais ilícitas e que, descobriu-se depois, havia nascido de denúncias falsas.
Feliz está Matt Drudge, repórter da Internet, que jornalistas tradicionais acusam de irresponsável. (CELS)



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