das agências internacionais

O secretário-geral Kofi Annan apontou ontem o ministro da Saúde da França, Bernard Kouchner, 59, como o administrador civil da ONU para Kosovo. O cargo era ocupado provisoriamente pelo brasileiro Sérgio Vieira de Mello.
Diplomatas da ONU afirmam que a UE (União Européia), que deverá arcar com a maioria dos custos da reconstrução de Kosovo, exigiu que o cargo fosse preenchido por um europeu.
"Estou honrado pela escolha", disse Kouchner. "Será uma tarefa difícil, já que nada está funcionando em Kosovo."
Kouchner foi um dos fundadores da organização beneficente Médicos sem Fronteiras. A entidade foi uma das primeiras a defender o conceito de "direito humanitário de intervenção", que se sobreporia à soberania dos Estados.
A Otan (aliança militar liderada pelos EUA) invocou esse conceito para intervir na Iugoslávia.
Para ser o vice de Kouchner, o secretário-geral indicou o norte-americano James P. Covey, um ex-diplomata que já trabalhou em questões balcânicas para a Casa Branca e para as Nações Unidas.
O brasileiro Vieira de Mello, enviado a Kosovo no mês passado, é subsecretário-geral da ONU para assuntos humanitários.
Um dos maiores desafios dos administradores das Nações Unidas será reestruturar a sociedade de Kosovo, marcada pela falta de autoridade e pela presença de esperados 50 mil soldados de forças internacionais de paz.


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