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Investigação
sobre vazamento
será ampliada
FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON
A investigação na Casa
Branca em torno do vazamento de informação confidencial da CIA (o serviço secreto americano) deve ser
estendida aos departamentos de Estado e da Defesa.
Ambos devem ser chamados a preservar documentos
que ajudem a identificar
quem, no governo dos EUA,
tornou pública a identidade
de Valerie Plame, uma agente da CIA -crime punível
com até dez anos de prisão.
Plame é mulher do ex-embaixador no Iraque Joseph
Wilson, que acusou o governo americano de exagerar,
antes da guerra no Iraque, as
acusações de que Saddam
Hussein teria um programa
de armas nucleares.
Wilson diz que o vazamento ocorreu para intimidá-lo e acusou o principal
assessor político da Presidência, Karl Rove.
Ontem, a credibilidade da
investigação tocada pelo Departamento da Justiça foi
fortemente criticada por democratas e até pelo senador
republicano Alen Specter,
que pediu uma investigação
"de fora" para o caso.
Pesquisa divulgada anteontem mostrou que quase
sete em cada dez americanos
também querem uma apuração independente.
Rove é amigo e teve relações profissionais durante
anos com John Ashcroft,
atual secretário da Justiça.
Alguns democratas afirmaram que a ampliação da
investigação visa desviar a
atenção do foco principal do
caso, a Casa Branca.
Apesar de o presidente
George W. Bush ter pedido
"toda a verdade" sobre o caso, apenas seis agentes foram mobilizados para a
atual investigação.
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