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São Paulo, sexta-feira, 03 de outubro de 2003

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Investigação sobre vazamento será ampliada

FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON

A investigação na Casa Branca em torno do vazamento de informação confidencial da CIA (o serviço secreto americano) deve ser estendida aos departamentos de Estado e da Defesa.
Ambos devem ser chamados a preservar documentos que ajudem a identificar quem, no governo dos EUA, tornou pública a identidade de Valerie Plame, uma agente da CIA -crime punível com até dez anos de prisão.
Plame é mulher do ex-embaixador no Iraque Joseph Wilson, que acusou o governo americano de exagerar, antes da guerra no Iraque, as acusações de que Saddam Hussein teria um programa de armas nucleares.
Wilson diz que o vazamento ocorreu para intimidá-lo e acusou o principal assessor político da Presidência, Karl Rove.
Ontem, a credibilidade da investigação tocada pelo Departamento da Justiça foi fortemente criticada por democratas e até pelo senador republicano Alen Specter, que pediu uma investigação "de fora" para o caso.
Pesquisa divulgada anteontem mostrou que quase sete em cada dez americanos também querem uma apuração independente.
Rove é amigo e teve relações profissionais durante anos com John Ashcroft, atual secretário da Justiça.
Alguns democratas afirmaram que a ampliação da investigação visa desviar a atenção do foco principal do caso, a Casa Branca.
Apesar de o presidente George W. Bush ter pedido "toda a verdade" sobre o caso, apenas seis agentes foram mobilizados para a atual investigação.


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