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São Paulo, sexta-feira, 03 de outubro de 2003

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Pilotos da Força Aérea treinam para abater aviões de passageiros

DA REDAÇÃO

Pilotos da Força Aérea dos EUA têm praticado toda semana e estão preparados psicologicamente para derrubar aviões de passageiros que venham a tentar ataques similares aos dos atentados de 11 de setembro de 2001, segundo anunciou ontem o general responsável pela segurança interna.
Ralph Eberhart, que também é o chefe do Comando Militar do Norte, disse, no entanto, que uma melhor cooperação com a FAA (a agência do governo americano que regulamenta o setor aéreo) e outros órgãos minimizou as chances de ter que derrubar um avião de passageiros.
"Nós praticamos isso várias vezes por semana. Às vezes, praticamos três ou quatro vezes por semana -a comunicação entre os programas e contar com pilotos no ar praticando exercícios de simulação", disse o general.
Segundo Eberhart, pilotos e controladores no solo foram selecionados para se ter certeza de que não recusariam uma ordem para derrubar aviões suspeitos.
"Sem dúvida, para a população americana, nós acreditamos que temos a responsabilidade e a autoridade estabelecida. Formulamos as regras certas para conduzir o processo", afirmou.
O general não quis revelar detalhes das regras, mas disse que uma série muito cuidadosa de comandos de identificação e autorização final foi estabelecida para ordenar a derrubada.
"Alguém pode simplesmente pegar o rádio e dizer: "Eu sou o presidente dos Estados Unidos. Derrube esse avião'", afirmou Eberhart. "Eles [os pilotos e os controladores no solo] têm que se certificar de como você usa todo esse material de identificação."
O general disse que centenas de pilotos responsáveis pela proteção dos EUA e dos Canadá foram regularmente treinados para termos certeza de que eles não hesitariam numa emergência.
"Francamente, nós tivemos longas discussões com as pessoas para ver se eles estariam mentalmente preparados para fazer isso -pilotos e operadores no solo, para o sistema de defesa aérea."
"Como conversamos com esse pessoal, o importante é eles saberem que fizeram tudo que era possível", explicou o general. "Essa é nossa última chance. Se você não fizer isso, pessoas inocentes em terra vão morrer também."
Eberhart ressaltou que os pilotos, assim como a equipe que opera mísseis antiaéreos na região de Washington, estão bem instruídos sobre quem pode dar ordens.


Com agências internacionais

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