São Paulo, segunda-feira, 03 de novembro de 2003 |
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ÁSIA Indústria do sexo no país arrecada US$ 2,5 bi por ano Tailândia começará a discutir a legalização da prostituição
DA FRANCE PRESSE O Ministério da Justiça da Tailândia deve iniciar neste mês um debate público sobre legalizar a prostituição ou só fazer alterações na legislação que trata da indústria do sexo no país, uma das maiores do mundo. Muitos se perguntam se as novas medidas visam melhorar a situação das prostitutas, aumentar a arrecadação de impostos ou proteger as redes de comércio sexual, muitas ligadas a membros do governo. Uma proposta que cria um registro das prostitutas gerou a preocupação de que as participantes fiquem estigmatizadas e não possam ter outro tipo de trabalho. "Isso pode ser mais uma medida repressiva, porque a sociedade não aceita quem faz esse tipo de serviço", disse Chantawipa Apisuk, de uma organização de defesa dos direitos das cerca de 200 mil prostitutas tailandesas. Apisuk defende a descriminalização total da prostituição. Há quem defenda a extinção de quatro artigos sobre o tema, como, por exemplo, o que estabelece que é ilegal uma mulher se comportar como uma prostituta. "Esses artigos permitem a exploração e dão a oportunidade para a polícia de se aproveitar das prostitutas", disse Narong Phetprasert, da Universidade Chulalongkorn. "Se os abolirmos, elas poderiam exercer sua profissão legalmente, e haveria menos riscos de serem exploradas", afirmou o especialista, que trabalha para o partido do premiê Thaksin Shinawatra. Segundo ele, Shinawatra apóia essa posição. O especialista disse que o governo tailandês também quer fechar "os lugares comandados por mafiosos e os bordéis onde as prostitutas são obrigadas a trabalhar". Alguns locais chegam a colocar mulheres em jaulas. A estimativa é que a indústria do sexo na Tailândia, disseminada no país, arrecada em torno de US$ 2,5 bilhões por ano. Texto Anterior: Trauma do Vietnã já ronda crise iraquiana Próximo Texto: Realeza: Herdeiro do trono da Espanha se casará com apresentadora de TV Índice |
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