São Paulo, segunda-feira, 03 de dezembro de 2001

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Bush cobra ação de líder palestino

DA REDAÇÃO

O presidente dos EUA, George W. Bush, afirmou ao primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, que está exigindo do líder palestino Iasser Arafat ações imediatas de combate ao terrorismo. Arafat, segundo Bush, deve prender os responsáveis pelos atentados e agir contra os grupos extremistas Hamas e Jihad Islâmico.
No encontro entre os líderes norte-americano e israelense, que foi antecipado para ontem devido aos atentados, também foi discutido os possíveis ataques dos EUA ao Iraque.
Sharon deixou a reunião sem fazer comentários e foi para o aeroporto, onde embarcaria imediatamente para Israel.
Antes da reunião, Bush disse que "este é o momento dos partidários da paz se colocarem de pé e combaterem o terrorismo". Na avaliação do presidente, Arafat deve fazer tudo o que está a seu alcance para prender os culpados e levá-los à Justiça.
Diferentemente de outras ocasiões, desta vez Bush não pediu para Israel ser moderado na sua resposta aos atentados.
O presidente, que antes dos atentados do dia 11 de setembro se manteve distante dos acontecimentos no Oriente Médio, passou a tentar conseguir um acordo de paz para a região.
Bush necessita do apoio dos países árabes na sua ofensiva ao Afeganistão. Porém alguns países se mostram relutantes devido à postura dos EUA no Oriente Médio. Para os árabes, o governo dos EUA é incondicionalmente favorável a Israel.
Após se reunir com Sharon, Bush não deu novas declarações. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Emmanuel Nahshon, disse que "Arafat não está fazendo nada para combater o terrorismo, e obviamente que essa luta terá de ser travada por Israel".
Gideon Meir, alto funcionário da Chancelaria israelense, acrescentou que não há dúvida de que haverá "uma mudança na política de Israel". O ministro da Infra-estrutura Avigdor Lieberman afirmou que Arafat deve ser expulso dos territórios palestinos, e Israel deve reocupar a parte da Cisjordânia que foi devolvida aos palestinos. Em Jerusalém, israelenses foram as ruas gritando "morte aos árabes".


Com agências internacionais


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