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Bush cobra ação de líder palestino
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, George
W. Bush, afirmou ao primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon,
que está exigindo do líder palestino Iasser Arafat ações imediatas
de combate ao terrorismo. Arafat,
segundo Bush, deve prender os
responsáveis pelos atentados e
agir contra os grupos extremistas
Hamas e Jihad Islâmico.
No encontro entre os líderes
norte-americano e israelense, que
foi antecipado para ontem devido
aos atentados, também foi discutido os possíveis ataques dos EUA
ao Iraque.
Sharon deixou a reunião sem fazer comentários e foi para o aeroporto, onde embarcaria imediatamente para Israel.
Antes da reunião, Bush disse
que "este é o momento dos partidários da paz se colocarem de pé e
combaterem o terrorismo". Na
avaliação do presidente, Arafat
deve fazer tudo o que está a seu alcance para prender os culpados e
levá-los à Justiça.
Diferentemente de outras ocasiões, desta vez Bush não pediu
para Israel ser moderado na sua
resposta aos atentados.
O presidente, que antes dos
atentados do dia 11 de setembro se
manteve distante dos acontecimentos no Oriente Médio, passou
a tentar conseguir um acordo de
paz para a região.
Bush necessita do apoio dos
países árabes na sua ofensiva ao
Afeganistão. Porém alguns países
se mostram relutantes devido à
postura dos EUA no Oriente Médio. Para os árabes, o governo dos
EUA é incondicionalmente favorável a Israel.
Após se reunir com Sharon,
Bush não deu novas declarações.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Emmanuel Nahshon, disse que "Arafat não está fazendo nada para
combater o terrorismo, e obviamente que essa luta terá de ser travada por Israel".
Gideon Meir, alto funcionário
da Chancelaria israelense, acrescentou que não há dúvida de que
haverá "uma mudança na política
de Israel". O ministro da Infra-estrutura Avigdor Lieberman afirmou que Arafat deve ser expulso
dos territórios palestinos, e Israel
deve reocupar a parte da Cisjordânia que foi devolvida aos palestinos. Em Jerusalém, israelenses
foram as ruas gritando "morte
aos árabes".
Com agências internacionais
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