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Brasil vai enviar remédio ao vizinho
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo vai enviar insulina e
medicamentos para Aids e câncer
para a Argentina nos próximos
dias para aliviar o problema de
desabastecimento de medicamentos no país vizinho, causado
pela falta de crédito do país, que
decretou moratória.
De acordo com o governador da
província de Córdoba, José Manuel de la Sota, o país está com
problemas para conseguir insumos no mercado internacional
para produzir esses medicamentos.
De la Sota transmitiu o pedido
do presidente argentino Eduardo
Duhalde ao presidente Fernando
Henrique Cardoso (Brasil) ontem, ao fazer a exposição das medidas econômicas que serão
anunciadas hoje na Argentina.
De acordo com o ministro das
Relações Exteriores, Celso Lafer,
que participou da reunião de De
la Sota com o presidente no Palácio da Alvorada, o pedido foi encaminhado para o Ministério da
Saúde, que nos próximos dias vai
detalhar como será feita a ajuda.
Segundo De la Sota, Fernando
Henrique telefonou imediatamente ao Ministério da Saúde para determinar que as providências fossem tomadas. De acordo
com o interlocutor argentino, a
ajuda será provisória, e os medicamentos serão devolvidos.
De la Sota não detalhou, porém,
como será feita a devolução dos
medicamentos, nem a quantidade necessária para resolver o problema de desabastecimento na
Argentina.
Segundo De la Sota, com as medidas que serão anunciadas hoje,
o presidente Duhalde está tentando dividir o custo da crise entre
toda a sociedade. "A crise é tão
grave que o país não vai sair dela
sem muito esforço e aqueles que
mais têm terão de fazer mais esforços", disse.
"O apoio do Brasil é muito importante, porque o relacionamento comercial e político entre Brasil
e Argentina é muito importante",
disse De la Sota.
O ministro Lafer disse que o
presidente Fernando Henrique
manifestou total apoio ao país vizinho, mas que não foi oferecido
outro tipo de ajuda, além do envio
de medicamentos. "Eles só nos
pediram ajuda para os medicamentos e apoio para as medidas",
disse Lafer.
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