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GUERRA SEM LIMITES
Ricina é encontrada no gabinete de líder republicano
Pó venenoso fecha Senado dos EUA
DA REDAÇÃO
A maior parte das atividades do
Senado dos EUA, em Washington, foi cancelada ontem após
exames terem apontado que um
pó branco achado no gabinete do
líder da maioria republicana, Bill
Frist, era ricina, uma das substâncias tóxicas mais poderosas existentes. No entanto nenhum dos
cerca de 50 funcionários que estiveram no local estava apresentando sintomas de intoxicação.
Um funcionário do governo
americano, que não quis revelar
sua identidade, disse que o incidente parece ser um crime doméstico. "Não há os sinais de terrorismo internacional. Parece ser
de natureza criminosa", afirmou
a autoridade.
A ricina foi encontrada anteontem na área em que a correspondência é aberta no gabinete do senador Frist. Todos os funcionários passaram por um processo de
descontaminação e não apresentaram nenhuma indisposição.
"A cada minuto que passa, estamos menos preocupados", disse
Julie Gerberding, diretora do
Centro para Controle e Prevenção
de Doenças. Segundo Gerberding, se a ricina estivesse em estado puro, os efeitos se manifestariam quase imediatamente.
O senador Robert Bennett disse
que os três prédios que abrigam
os gabinetes dos senadores só vão
ser reabertos em quatro ou cinco
dias. O edifício que abriga o plenário foi parcialmente fechado e
esvaziado depois da descoberta
de um pó branco em um corredor
do primeiro andar -nesse caso,
porém, os testes preliminares realizados deram negativo.
A ricina é extraída da semente
da mamona. A pessoa contaminada desenvolve sintomas muito
parecidos com os da gripe e morre subitamente depois de alguns
dias. Não existe antídoto conhecido. Contudo, especialistas afirmam que sua utilização como arma de destruição em massa é improvável.
A ricina não é absorvida facilmente pelo organismo quando
em contato com a pele. Seriam
necessárias quatro toneladas de
ricina para matar metade dos
ocupantes de uma área de 100
km2. Para se obter o mesmo efeito
com antraz, basta um quilo.
Essa é a segunda vez que a capital do país entra em alerta devido
a ataques com substâncias letais.
No final de 2001, cinco pessoas
morreram nos EUA após terem
sido contaminadas por antraz colocado em cartas enviadas a Nova
York, Flórida e Washington, incluindo o Congresso americano.
Até hoje não foram identificados
os responsáveis pelos atentados.
Com agências internacionais
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