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ORIENTE MÉDIO
Idéia é trocar vilas árabes-israelenses por assentamentos na Cisjordânia; 59% apóiam remoção de colônias em Gaza
Israel estuda transferir áreas árabes aos palestinos
DA REDAÇÃO
Israel está estudando transferir
no futuro algumas áreas árabes-israelenses aos palestinos, em troca da permanência de assentamentos judaicos na Cisjordânia,
segundo uma importante autoridade israelense.
A informação foi confirmada
por Ranaan Gissin, porta-voz do
governo, e sua divulgação ocorreu no dia seguinte ao anúncio
feito pelo premiê israelense, Ariel
Sharon, de que Israel removerá 17
das 20 colônias judaicas existentes
na faixa de Gaza, provocando duros protestos de colonos judeus e
de membros da sua coalizão.
"Foi sugerido que, levando-se
em conta os problemas demográficos que Israel enfrenta, e em um
contexto de acordo com a entidade palestina, seria pedido para
que a fronteira na região fosse removida, com a entidade tendo jurisdição sobre as pessoas que vivem lá [nas áreas árabes de Israel]", disse Gissin. "Em troca, Israel expandiria as comunidades
[assentamentos] judaicas em Judéia e Samaria [Cisjordânia]."
Há 1,3 milhão de árabes-israelenses, a maior parte vivendo na
região da Galiléia, ao norte de Israel, o que corresponde a 20 % da
população do país. Eles têm direito a voto, recebem os serviços sociais do governo, como educação
e saúde, e podem trabalhar normalmente. Porém os árabes reclamam de discriminação.
Ahmed Tibi, um dos principais
parlamentares árabes em Israel,
condenou a proposta.
Faixa de Gaza
Sharon afirmou ontem que poderá compor um novo governo,
se necessário, para aprovar o projeto de remoção de colônias na
faixa de Gaza. Dois partidos pró-colonos de sua coalizão ameaçam
deixar o governo.
Mas o líder do Partido Trabalhista, Shimon Peres -cujo mandato foi estendido até 2005-,
afirmou que o partido poderia
apoiar Sharon na remoção dos assentamentos. Segundo pesquisa
divulgada ontem, 59% dos israelenses apóiam a remoção das colônias na faixa de Gaza, contra
34% que se opõem -o restante
não se manifestou.
O premiê palestino, Ahmed Korei, disse que a remoção das colônias "é uma boa notícia". Porém,
segundo ele, somente haverá paz
quando Israel sair da Cisjordânia.
Com agências internacionais
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