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Crítico da ocupação será assessor de Rice
Especialista em Defesa, Eliot Cohen apoiou a invasão, mas condena a forma como os EUA administraram o pós-guerra
Para professor, cujo filho é militar, Pentágono errou ao deixar a ordem interna do Iraque em segundo plano para defender as fronteiras
DA REDAÇÃO
Um respeitado especialista
em defesa e história militar,
que tem um filho servindo no
Exército e é crítico à forma como Washington vem conduzindo a ocupação do Iraque, será
um dos principais assessores
da secretária de Estado americana, Condoleezza Rice.
Eliot Cohen, que apoiou a invasão americana do Iraque, em
2003, mas condena a estratégia
do governo no pós-guerra,
substituirá o Philip Zelikow,
que deixa o cargo para voltar a
lecionar na Universidade de
Virgínia. Formado em Harvard,
Cohen é professor da Escola de
Estudos Internacionais Avançados da Universidade Johns
Hopkins. Segundo o Departamento de Estado, o foco de seu
trabalho no governo será Iraque e Afeganistão.
Cohen, que começará a assessorar Rice em breve, mas só
assumirá o cargo integralmente dentro de alguns meses, escreveu um artigo para o jornal
"Washington Post", em 2005,
criticando duramente a ação
americana no Iraque.
Apesar de apoia r o raciocínio
que levou à invasão, Cohen, cujo filho é oficial do Exército,
afirma no artigo que os Estados
Unidos foram ineptos na administração do pós-guerra. "O que
eu não sabia na época [da invasão] era o quão incompetentes
nós seríamos no cumprimento
da missão", escreveu Cohen,
para quem a cúpula do Pentágono tratou o período "pós-combate", que matou mais
americanos que a "guerra real",
como um projeto de "segunda
importância" no plano de ataque do general Tommy Franks.
Cohen também criticou a decisão americana de tentar criar
um Exército iraquiano "imóvel" para defender as fronteiras
do país, "em vez de manter a ordem interna". Para ele, outro
erro da ocupação foi confiar a
reconstrução do Iraque a empresas em "grandes contratos",
quando o ideal teria sido fazer
acordos menores com incentivos financeiros destinados a tirar "jovens revoltados" das
ruas e dar-lhes empregos.
Embora tenha sido chamado
de neoconservador, Cohen rejeita o rótulo, afirmando ser um
pensador "independente".
Apesar disso, prefere não criticar políticas específicas, como
a decisão de Bush de enviar
mais 21.500 soldados ao Iraque. "O que ocorreu não foi
apenas o envio de mais tropas,
mas uma mudança significativa
de pessoal e atitude", disse Cohen à agência Reuters.
Doze pessoas, entre elas um
policial, morreram ontem em
um atentado a bomba contra
um posto da polícia perto de
Ramadi, capital da Província
rebelde de Anbar. Também ontem, três soldados americanos
morreram após uma explosão
perto do carro em que estavam,
no centro de Bagdá.
Seis árabes sunitas que participaran de uma conferência de
reconciliação com xiitas, no
mês passado, foram executados
ontem por homens armados,
na aldeia de Mashhada, ao sul
de Bagdá. A polícia desconfia de
insurgentes sunitas, que teriam
agido para vingar a "traição".
Ainda ontem, um vídeo de
três minutos que mostra a suposta execução com tiros na cabeça de 18 integrantes das tropas iraquianas foi postado em
um site conhecido por ser usado para divulgar ações da rede
terrorista Al Qaeda.
Com agências internacionais
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