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A MORTE DO PAPA
Lula afirma apoiar nome de d. Cláudio
Presidente falou por telefone com o arcebispo de São Paulo anteontem; petista convidou cardeais brasileiros para viagem conjunta a Roma
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva telefonou anteontem para o
cardeal d. Cláudio Hummes, arcebispo de São Paulo. Além de lamentar a morte do papa e de convidá-lo para irem juntos a Roma,
Lula manifestou seu apoio à escolha de d. Cláudio.
Recém-saído de seu pronunciamento à nação, por volta das 21h,
até brincou: "Os jornalistas acabam de perguntar se eu gostaria
que o novo papa fosse da América
Latina. Respondi: "Não só da
América Latina, mas do Brasil. E
amigo meu'", floreou Lula, que é
amigo de d. Cláudio.
O chefe-de-gabinete de Lula,
Gilberto Carvalho, ligou para o
cardeal d. Geraldo Majella, presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Todos os cardeais serão convidados
para o vôo presidencial.
O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), que, em
seu gabinete, ostenta uma foto
sua ao lado de João Paulo 2º, também foi procurado. O convite foi
feito à mulher dele. Os presidentes do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-RR), e o do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim, serão convidados hoje.
Dificilmente, d. Cláudio esperará por Lula. Segundo sua assessoria, o arcebispo pretende embarcar para o Vaticano até a terça-feira, a tempo de assistir ao velório
de João Paulo 2º. Ainda segundo a
assessoria, d. Cláudio viajaria ontem mesmo para Roma. A reserva
só foi cancelada por causa de uma
forte gripe.
Já a intenção de Lula é chegar ao
Vaticano apenas para o sepultamento, provavelmente na sexta.
Lula decretou luto oficial de sete
dias. Normalmente, em caso de
morte de autoridades, o luto é de
três dias. Mas o decreto 3.780, de
2001, permite que "em face de notáveis e relevantes serviços prestados ao país pela autoridade falecida, o período de luto poderá ser
estendido por até sete dias".
O embaixador do Brasil em Roma, Itamar Franco, participa hoje
de reunião com representantes do
governo italiano para discutir como serão os procedimentos de recepção das autoridades.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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