São Paulo, segunda-feira, 04 de abril de 2005

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A MORTE DO PAPA

Lula afirma apoiar nome de d. Cláudio

Presidente falou por telefone com o arcebispo de São Paulo anteontem; petista convidou cardeais brasileiros para viagem conjunta a Roma

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou anteontem para o cardeal d. Cláudio Hummes, arcebispo de São Paulo. Além de lamentar a morte do papa e de convidá-lo para irem juntos a Roma, Lula manifestou seu apoio à escolha de d. Cláudio.
Recém-saído de seu pronunciamento à nação, por volta das 21h, até brincou: "Os jornalistas acabam de perguntar se eu gostaria que o novo papa fosse da América Latina. Respondi: "Não só da América Latina, mas do Brasil. E amigo meu'", floreou Lula, que é amigo de d. Cláudio.
O chefe-de-gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, ligou para o cardeal d. Geraldo Majella, presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Todos os cardeais serão convidados para o vôo presidencial.
O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), que, em seu gabinete, ostenta uma foto sua ao lado de João Paulo 2º, também foi procurado. O convite foi feito à mulher dele. Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-RR), e o do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim, serão convidados hoje.
Dificilmente, d. Cláudio esperará por Lula. Segundo sua assessoria, o arcebispo pretende embarcar para o Vaticano até a terça-feira, a tempo de assistir ao velório de João Paulo 2º. Ainda segundo a assessoria, d. Cláudio viajaria ontem mesmo para Roma. A reserva só foi cancelada por causa de uma forte gripe.
Já a intenção de Lula é chegar ao Vaticano apenas para o sepultamento, provavelmente na sexta.
Lula decretou luto oficial de sete dias. Normalmente, em caso de morte de autoridades, o luto é de três dias. Mas o decreto 3.780, de 2001, permite que "em face de notáveis e relevantes serviços prestados ao país pela autoridade falecida, o período de luto poderá ser estendido por até sete dias".
O embaixador do Brasil em Roma, Itamar Franco, participa hoje de reunião com representantes do governo italiano para discutir como serão os procedimentos de recepção das autoridades.


Colaborou a Sucursal de Brasília

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