São Paulo, segunda-feira, 04 de abril de 2005

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Cidade de madre Paulina presta sua última homenagem

DA REPORTAGEM LOCAL

Cerca de 40 crianças carregaram uma estampa em tecido com uma imagem de João Paulo 2º no início de cada uma das três missas celebradas ontem no Santuário de Santa Paulina, em Nova Trento (SC), a 80 km de Florianópolis.
O santuário foi erguido no local em que madre Paulina (1865-1942), considerada a primeira santa brasileira, morou com a família ao vir da Itália para o Brasil.
"Se a comoção foi mundial, o pessoal daqui sentiu de um modo especial. Acompanhamos a beatificação de madre Paulina, recebemos a visita do papa [em 1991] e ganhamos dele um abraço e um beijinho", afirmou a irmã Ilze Mees, 78, da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, fundada pela santa.
Segundo ela, a morte do papa não alterou o número de romeiros que visitam o santuário todos os domingos -em média, de 3.000 a 5.000 pessoas. "João Paulo 2º quebrou o mito antigo de o papa ser o prisioneiro de Roma. Ele veio conhecer suas ovelhas."
A sucessão no Vaticano, no entanto, não preocupa as irmãs no santuário catarinense. "Nunca conversamos sobre isso. O Espírito Santo dirige a igreja e manda, a cada período histórico, o papa ideal para satisfazer as necessidades do momento. Quem diria que esse polonês surgiria da Cortina de Ferro? Mas seria bom se fosse um do Terceiro Mundo", afirmou a irmã Ilze Mees. (BRUNO LIMA)

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