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Cidade de madre Paulina presta sua última homenagem
DA REPORTAGEM LOCAL
Cerca de 40 crianças carregaram uma estampa em tecido
com uma imagem de João Paulo 2º no início de cada uma das
três missas celebradas ontem
no Santuário de Santa Paulina,
em Nova Trento (SC), a 80 km
de Florianópolis.
O santuário foi erguido no local em que madre Paulina
(1865-1942), considerada a primeira santa brasileira, morou
com a família ao vir da Itália
para o Brasil.
"Se a comoção foi mundial, o
pessoal daqui sentiu de um
modo especial. Acompanhamos a beatificação de madre
Paulina, recebemos a visita do
papa [em 1991] e ganhamos dele um abraço e um beijinho",
afirmou a irmã Ilze Mees, 78,
da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição,
fundada pela santa.
Segundo ela, a morte do papa
não alterou o número de romeiros que visitam o santuário
todos os domingos -em média, de 3.000 a 5.000 pessoas.
"João Paulo 2º quebrou o mito
antigo de o papa ser o prisioneiro de Roma. Ele veio conhecer suas ovelhas."
A sucessão no Vaticano, no
entanto, não preocupa as irmãs
no santuário catarinense.
"Nunca conversamos sobre isso. O Espírito Santo dirige a
igreja e manda, a cada período
histórico, o papa ideal para satisfazer as necessidades do momento. Quem diria que esse
polonês surgiria da Cortina de
Ferro? Mas seria bom se fosse
um do Terceiro Mundo", afirmou a irmã Ilze Mees.
(BRUNO LIMA)
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