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Ministro do gabinete de Arafat renuncia
DA REDAÇÃO
O ministro do gabinete palestino Nabil Amr renunciou ontem,
durante a primeira reunião ministerial da Autoridade Nacional
Palestina (ANP) desde o início da
ofensiva militar israelense, em 29
de março. Em Nablus, ação do
Exército de Israel resultou na
morte de dois militantes palestinos e um soldado israelense.
Amr, que era ministro para assuntos parlamentares, e outros altos funcionários da administração de Iasser Arafat falaram sobre
a necessidade de reestruturação
do governo da ANP. Não entraram, porém, em detalhes sobre as
reformas que acham necessárias,
temendo irritar Arafat.
Após 19 meses de Intifada, é
grande a insatisfação com o governo nos territórios da Cisjordânia e da faixa de Gaza - embora
Arafat tenha recuperado popularidade ao sobreviver ao cerco militar israelense em Ramallah.
Tropas israelenses fizeram incursões em Nablus ontem, matando integrante do grupo extremista Hamas e um policial palestino. Um major israelense também morreu numa operação perto da casbah (mercado no bairro
antigo), em que ficaram feridos
dois combatentes de cada lado.
A ação obedece ao que parece
ser a nova lógica militar de Israel
na Cisjordânia. Após desocupar
as principais localidades palestinas, dizendo estar destruindo células terroristas, o Exército se retirou, mas continua cercando as cidades. A cada vez que recebe informações sobre o paradeiro de
militantes inimigos, unidades de
elite lançam novas incursões, de
algumas horas de duração.
As tropas entraram às 4h e se dirigiram a edifício no centro de
Nablus. Dispararam com tanques
e metralhadoras. Os palestinos
responderam com tiros. O Exército disse ter encontrado duas fábricas de bombas e um carro cheio
de armamentos no prédio.
Adnan Asfour, um dos líderes
do Hamas em Nablus, afirmou
que o ataque israelense era contraproducente: "O que está acontecendo aumenta nossa determinação para continuar a luta, até a
conquista de nosso objetivos, como um Estado independente".
Belém
Em Belém, onde continua o cerco militar iniciado em 2 de abril a
homens armados que buscaram
refúgio na igreja da Natividade,
quatro policiais palestinos, enfraquecidos pela falta de alimentos,
deixaram o local e foram levados
a interrogatório.
Cerca de 30 militantes palestinos e outras dezenas de pessoas,
incluindo monges e freiras, continuam no interior da igreja que
abriga a gruta onde, segundo a
tradição cristã, nasceu Jesus.
Nas negociações, Israel exige
que os homens armados saiam da
igreja e rendam-se ou sejam enviados ao exílio. Autoridades palestinas propõem que eles sejam
transferidos à faixa de Gaza. O
prefeito de Belém, Hanna Nasser,
sugere que sejam transferidos a
prisão sob tutela internacional.
Com agências internacionais
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