São Paulo, Sexta-feira, 04 de Junho de 1999
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Conheça a posição do PC chinês

da Redação

Na última quarta-feira, o "Diário do Povo", órgão oficial do Partido Comunista chinês, afirmou que "forças hostis dentro e fora do país não querem que uma China socialista prospere."
O jornal se referia aos 80 dissidentes presos durante esta semana por tentar organizar atos lembrando o massacre de Tiananmen e resumia a visão do governo chinês sobre os acontecimentos de 1989.
Os estudantes que participaram dos protestos na praça são considerados ""contra-revolucionários". Na versão do governo, "apenas cerca de 200 pessoas" morreram na ação.
O massacre foi ordenado pelo então principal dirigente da China, Deng Xiaoping. Ele foi surpreendido pela magnitude dos protestos. Sua preocupação aumentava com as notícias que vinham da Europa: regimes comunistas ruíam diante de manifestações de rua.
O governo estava dividido em relação a como lidar com os acontecimentos. O secretário-geral do Partido Comunista, Zhao Ziyang, defendia a negociação com os estudantes, enquanto o premiê Li Peng queria ""ação rápida".
Deng Xiaoping tomaria a decisão final. Em 15 de maio, não pôde oferecer ao então presidente soviético, Mikhail Gorbatchov, a tradicional cerimônia de recepção em Tiananmen, pois a praça estava ocupada por 400 mil pessoas.


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