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Forças russas
têm histórico de ações violentas
DA REDAÇÃO
Nos últimos 15 anos, as
forças russas de segurança
protagonizaram quatro desastres espetaculares em tentativas de pôr fim a seqüestros de grandes proporções,
sempre relacionados com o
conflito na Tchetchênia. Incluída a tragédia de ontem,
essas operações provocaram
a morte de cerca de 500 reféns em conseqüência da decisão de usar a força.
O Kremlin considera os
grupos separatistas terroristas e se recusa a aceitar negociações com os rebeldes. Ontem, entretanto, foi a primeira vez que o governo russo
teve como preço a pagar a vida de centenas de crianças.
Em outubro de 2002, um
comando tchetcheno fez 750
reféns num teatro moscovita. O comando era formado
por 22 homens e 19 mulheres, parentes ou viúvas de
guerrilheiros mortos no
conflito, que já se estende
por dez anos. Todos os 41
atacantes morreram, mas
120 reféns também, a maioria por asfixia causada pelo
gás lançado pelas forças de
segurança russas. O governo
considerou o resgate um sucesso, apesar de tudo.
Em 19 janeiro de 1996, seis
turcos e três russos tomaram
um ferry-boat no mar Negro
e ameaçaram afundá-lo se o
governo não interrompesse
um conflito perto de Kizlyar,
onde rebeldes estavam em
posse de reféns. Eles se renderam três dias depois.
Em Kizlyar, no sul da Rússia, um comando tchetcheno havia tomado um hospital e feito cerca de 3.000 reféns. Os rebeldes libertaram
a maioria do grupo, mas levaram cem em sua fuga para
a Tchetchênia. O comboio
foi atacado, e ao menos 78
reféns morreram.
Em 1995, outro comando
tchetcheno tomou um hospital na cidade de Budennovsk, também no sul da
Rússia, fazendo 2.000 reféns.
Um ataque fracassado teve
como saldo mais de 100
mortos.
O governo russo negociou
a libertação dos demais uma
semana depois, aceitando libertar prisioneiros que lutavam na guerra.
Com agências internacionais
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