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São Paulo, sábado, 04 de outubro de 2003

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Cai confiança na política externa do presidente

DO "NEW YORK TIMES"

A confiança da população americana na capacidade de o presidente George W. Bush lidar com crises internacionais caiu bastante nos últimos cinco meses, de acordo com a última pesquisa CBS/"The New York Times", publicada ontem pelo jornal.
Uma clara maioria também desconfia da habilidade do presidente para tomar as decisões certas sobre a economia. São 56% que duvidam e 40% que confiam.
No geral, o levantamento mostra que os americanos, pela primeira vez, estão mais críticos do que elogiosos em relação à capacidade de Bush lidar tanto com problemas externos quanto internos.
Nas crises internacionais, 50% duvidam da habilidade presidencial de administrá-las, e 45% acreditam. Em abril, 66% confiavam.
A maioria (56%) também crê que Bush não tenha as mesmas prioridades do que a população. Os que acham que sim são 40%.
A 13 meses das eleições presidenciais de 2004, só cerca da metade dos entrevistados (51%) aprova o trabalho de Bush. Os que desaprovam são 42%. Isso é quase o mesmo de quando ele iniciou o mandato após disputa acirrada.
Porém 63% dos americanos continuam a dizer que seu presidente tem qualidades de liderança, 60% acreditam que Bush tornou os EUA mais seguros contra terroristas, e 53% o consideram mais honesto que a maioria das pessoas na vida pública.
Os frequentes ataques contra soldados americanos em território iraquiano, a incapacidade dos EUA de encontrarem até agora as armas de destruição em massa que justificaram a guerra e o recente pedido do presidente por US$ 87 bilhões para as operações no Iraque e no Afeganistão tiveram influência sobre o apoio à condução da ocupação iraquiana e à política externa americana.
Para 87% dos americanos, a Guerra do Iraque ainda continua, contra só 10% que acreditam que ela tenha acabado, como decretou o presidente americano em 1º de maio. O valor pedido pelo presidente para a continuidade das operações não deve ser gasto na visão de 61% dos entrevistados, enquanto 34% acham que sim.
Foram ouvidas 981 pessoas, de 28 de setembro a 1º de outubro.


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