São Paulo, quarta, 4 de novembro de 1998

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ITÁLIA
Reggiani recebeu pena de 29 anos de prisão
Mandante da morte de Gucci é condenada

das agências internacionais

A Justiça italiana condenou ontem a 29 anos de prisão Patrizia Reggiani por ter arquitetado o assassinato, em 1995, do magnata da moda Maurizio Gucci, com quem fora casada por 12 anos.
A ex-socialite, que, segundo a acusação, pagou US$ 300 mil pela morte, vinha negando ser responsável pelo crime, apesar de admitir desejar a morte de Gucci, herdeiro da famosa grife italiana, especialmente de produtos de couro. Reggiani deve recorrer da sentença.
Além dela, foram condenadas outras quatro pessoas envolvidas no assassinato, entre elas Benedetto Ceraulo, identificado como o homem que atirou em Gucci em plena luz do dia em Milão quando o magnata entrava na sede de sua empresa. Ceraulo recebeu pena de prisão perpétua e também disse que irá recorrer da condenação.
Foram julgados culpados ainda o condutor do veículo da fuga, Orazio Cicala (29 anos de prisão), o intermediário nas negociações que envolveram o crime, Ivano Savioni (26 anos), e Pina Auriemma, vidente e amiga de Reggiani (25).
Maurizio Gucci, neto do fundador do império de 92 anos, desafiou a família ao se casar com Reggiani, uma filha de lavadeira.
O casamento entre eles entrou em crise na metade dos anos 80. Gucci saiu de casa em 1983. Furiosa, Reggiani começou a difamá-lo publicamente e não escondia desejar a morte do magnata. A ex-socialite, detida em 97, alegava ter sido chantageada por Auriemma para colaborar com o crime.



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