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ITÁLIA
Reggiani recebeu pena de 29 anos de prisão
Mandante da morte de Gucci é condenada
das agências internacionais
A Justiça italiana condenou ontem a 29 anos de prisão Patrizia
Reggiani por ter arquitetado o assassinato, em 1995, do magnata da
moda Maurizio Gucci, com quem
fora casada por 12 anos.
A ex-socialite, que, segundo a
acusação, pagou US$ 300 mil pela
morte, vinha negando ser responsável pelo crime, apesar de admitir
desejar a morte de Gucci, herdeiro
da famosa grife italiana, especialmente de produtos de couro. Reggiani deve recorrer da sentença.
Além dela, foram condenadas
outras quatro pessoas envolvidas
no assassinato, entre elas Benedetto Ceraulo, identificado como o
homem que atirou em Gucci em
plena luz do dia em Milão quando
o magnata entrava na sede de sua
empresa. Ceraulo recebeu pena de
prisão perpétua e também disse
que irá recorrer da condenação.
Foram julgados culpados ainda o
condutor do veículo da fuga, Orazio Cicala (29 anos de prisão), o intermediário nas negociações que
envolveram o crime, Ivano Savioni
(26 anos), e Pina Auriemma, vidente e amiga de Reggiani (25).
Maurizio Gucci, neto do fundador do império de 92 anos, desafiou a família ao se casar com Reggiani, uma filha de lavadeira.
O casamento entre eles entrou
em crise na metade dos anos 80.
Gucci saiu de casa em 1983. Furiosa, Reggiani começou a difamá-lo
publicamente e não escondia desejar a morte do magnata. A ex-socialite, detida em 97, alegava ter sido chantageada por Auriemma
para colaborar com o crime.
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