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Kuait fechará área próxima ao Iraque no dia 15
DA REDAÇÃO
O Kuait anunciou ontem que, a
partir de 15 de fevereiro, fechará a
metade norte de seu território
-que faz fronteira com o Iraque- para que as suas Forças Armadas possam treinar e se preparar para se defender contra um
eventual ataque iraquiano.
A notícia reforça a tese de que os
EUA estariam planejando iniciar
o conflito possivelmente no mês
de março. Ontem, a Força Aérea
americana disse que seus primeiros bombardeiros "invisíveis" F-117 Stealth já deixaram o país e estão na Europa, em escala técnica
rumo ao golfo Pérsico.
"Ninguém terá permissão para
entrar na região, sem permissão
oficial do Exército, após essa data
[15 de fevereiro]", disse o porta-voz do Ministério da Defesa kuaitiano, coronel Ahmad Al Mulla.
Ele contou que cerca de 50% do
território do país ficará reservado
aos militares, que temem que
Saddam Hussein bombardeie o
país em resposta a uma ofensiva
liderada pelos EUA.
Nessa hipótese, as tropas kuaitianas não participariam da invasão -permaneceriam para proteger o seu território. Pequeno
emirado rico em petróleo, o Kuait
é hoje uma das principais bases
americanas para o caso de guerra.
Em 1990, foi ocupado por tropas
do Iraque, o que causou a Guerra
do Golfo, em janeiro de 1991.
Os EUA continuam aumentando o ritmo do envio de tropas à região. Autoridades do Departamento da Defesa americano disseram que um terceiro porta-aviões já se posicionou a uma distância da qual pode atacar o Iraque. Um quarto porta-aviões está
a caminho.
Com isso, esperam as autoridades americanas, o número total
de militares do país na região chegará a cerca de 180 mil nas próximas semanas.
Especialistas em logística militar afirmam que, antes de agir, as
tropas precisam se aclimatar na
região de combate por três semanas. Com isso, não importa o que
aconteça no campo diplomático,
os EUA só devem estar prontos
para atacar em meados de março.
Turquia
Os interesses regionais da Turquia não permitem que ela fique
fora de um conflito caso haja uma
operação militar no Iraque, declarou ontem Recep Tayyip Erdogan, líder do Partido Justiça e Desenvolvimento (governista), em
discurso a parlamentares.
"Se ficarmos fora da equação no
início das operações, poderíamos
não controlar a evolução da situação", disse Erdogan.
"Se for estabelecida uma nova
administração no Iraque, a Turquia deve ocupar um posto ativo
nos mecanismos de decisão desse
processo", afirmou.
O governo convocou o Parlamento para debater a participação turca em uma provável ação
militar contra o Iraque, acusado
de possuir armas de destruição
em massa.
Ancara se dispôs a autorizar que
10 mil soldados norte-americanos
se fixem em território turco para
dar apoio logístico e permitir a
transferência de 30 mil soldados
até o Iraque, informaram ontem
vários diários do país.
Segundo a imprensa local, a
Turquia também deve permitir
que os EUA utilizem bases aéreas
no sudeste do país para lançar
ataques contra o Iraque.
Com agências internacionais
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