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"Superdelegados" dão esperança a Dean
DE WASHINGTON
Praticamente consolidado seu
favoritismo entre os eleitores democratas, o senador John Kerry
iniciará uma poderosa campanha
nos bastidores do Partido Democrata para atrair os votos dos chamados "superdelegados".
Uma mudança de posição entre
os "superdelegados" neste momento a seu favor poderá solapar
as chances de qualquer rival no
partido antes de 2 de março,
quando dez Estados votam na
"superterça".
Os "superdelegados" são deputados, senadores, líderes regionais
e ex-líderes do partido (como o
ex-vice-presidente Al Gore) com
direito a votar na Convenção Democrata que, no final de julho, definirá o candidato do partido à
Casa Branca. Juntos, representam
quase 40% dos 2.162 votos necessários para que um pré-candidato
obtenha a indicação do partido.
Mesmo sem ter vencido nenhuma prévia e apesar dos resultados
medíocres de anteontem, o pré-candidato Howard Dean, por
exemplo, acredita contar com o
apoio de 121 "superdelegados".
Somente no Congresso, Dean
contabiliza 37 deputados e senadores a seu favor. Normalmente,
congressistas têm ascendência sobre o voto de outros líderes regionais. Daí a disposição de Dean de
continuar na disputa, apesar de
seu fracasso inicial nas prévias.
Uma transferência do apoio dos
"superdelegados" de Dean para
Kerry poderia encurtar a pré-campanha democrata e acabar
com as chances de seus rivais.
A deputada democrata Zoe Lofgren (Califórnia), que apóia Dean,
é hoje a figura do partido que
mais tem resistido a uma debandada em direção a Kerry. "Não será a mídia quem vai determinar
quem tem mais chances. É preciso esperar todo o processo", diz.
Outros partidários de Dean, no
entanto, já começam a questionar
a demora na definição. ""Qualquer
candidato que não souber a hora
de deixar a disputa pode prejudicar o partido", afirmou o deputado Rush Holt (Nova Jersey).
Sobre Dean, Holt afirma que
gostaria de voltar a vê-lo "no ar".
Por falta de recursos, Dean reduziu seus anúncios publicitários na
TV nos últimos dias. A propaganda eleitoral nos EUA não é gratuita.
(FCz)
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