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MINORIAS
Suprema Corte de Estado americano diz que união civil traz menos direitos e seria por isso discriminatória
Gays podem casar de verdade, diz corte de Massachusetts
DA REDAÇÃO
A Suprema Corte do Estado de
Massachusetts determinou ontem que os homossexuais têm direito às vantagens legais do casamento, e não apenas aos benefícios menores da união civil entre
pessoas do mesmo sexo.
A inovação se contrapõe à política do governo federal, que hoje
busca promover a abstinência entre adolescentes e estimular as relações oficializadas entre parceiros de sexo diferente. Programas
nesse sentido estão no Orçamento que a Casa Branca encaminhou
segunda-feira ao Congresso.
O episódio de Massachusetts foi
desencadeado em 2001, quando
sete casais de gays interpelaram a
Suprema Corte do Estado sobre
seus direitos. Os juízes decidiram,
em novembro último, que eles
têm direito à instituição conjugal
e determinaram que a lei estadual
se adaptasse ao preceito.
Restava uma ambigüidade. Discutia-se se a corte se referia a casamento de verdade ou se bastava
instituir a união civil. A resposta
ontem foi a de que qualquer lei estadual que não equipare o direito
dos homossexuais ao dos heterossexuais seria discriminatória e,
portanto, inconstitucional.
A decisão só será mudada se
uma emenda à Constituição estadual decidir em sentido contrário.
Mas, para tanto, seriam necessários procedimentos de no mínimo mais dois anos.
Estava para ser votada no Senado de Massachusetts uma lei que
define casamento apenas como a
união conjugal de um homem
com uma mulher. O presidente
do Senado, Robert Travaglini, retirou o texto da pauta e disse que
iniciaria consultas.
O governador Mitt Romney,
por sua vez, disse que uma decisão tão séria precisaria ser objeto
do mais amplo debate na sociedade. A advogada Mary Bonauto,
contratada pelos casais de gays
para a consulta de 2001, disse que
seria inadmissível mudar a Constituição estadual para incluir alguma forma de discriminação.
A decisão de novembro dos juízes de Massachusetts havia levantado ampla controvérsia sobre os
direitos conjugais das minorias.
Com agências internacionais
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