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IRAQUE
Cinco deles são estrangeiros
EUA detêm suspeitos de ataques em festa xiita
DA REDAÇÃO
As forças dos EUA no Iraque
anunciaram ontem que cinco estrangeiros suspeitos de envolvimento nos atentados de terça-feira em Bagdá e Karbala foram presos apenas dez horas antes dos
ataques. Mas o comando americano, que acusa extremistas islâmicos de atravessar as fronteiras
iraquianas para cometer ataques,
disse ainda não ter determinado a
nacionalidade dos homens.
Com as novas prisões, feitas em
Karbala, chegam a 20 os detidos
em conexão com os ataques. Dos
15 capturados anteriormente, cinco falam farsi, a língua oficial do
Irã, o que levou as forças dos EUA
a suspeitarem de militantes iranianos -ainda que reconheçam
a falta de prova sobre a procedência dos indivíduos.
É uma hipótese que causa estranheza, pois a maioria da população iraniana é xiita, sendo pouco
crível que iranianos estejam envolvidos em ataques contra xiitas,
ainda que iraquianos.
O saldo de mortos nos atentados, que visaram fiéis xiitas no dia
em que eles celebravam o martírio de Hussein, neto de Muhammad, voltou a ser revisto.
O comando americano, que
anunciara 170 mortos, mas revisara o número para baixo, disse
que os ataques no feriado da Ashura deixaram 181 mortos e 553
feridos. Já o Conselho de Governo
Iraquiano, que chegou a citar 271
mortos, pôs o saldo final em 171.
Por sua vez, o governo do Irã
confirmou que havia 49 de seus
cidadãos entre os mortos -anteriormente, foram anunciados 22.
Para os EUA, o principal suspeito dos ataques é o jordaniano Abu
Musab al Zarqawi, que teria laços
com a Al Qaeda (a rede terrorista
responsável pelo 11 de Setembro).
Ele seria o autor de uma carta,
apreendida em janeiro, na qual
pede ajuda à rede de Osama bin
Laden para provocar uma guerra
civil, atacando a maioria xiita e
voltando-a contra os sunitas.
Mas uma nova carta enviada às
autoridades americanas no Iraque, supostamente assinada por
12 membros do grupo de Al Zarqawi, diz que ele morreu há meses, durante um bombardeio dos
EUA. A missiva não traz detalhes.
O Exército dos EUA classificou
a alegação contida no texto de
"falsa", e a legitimidade do documento não foi comprovada.
Insurgência
Um novo ataque da insurgência
matou três civis em Bagdá, onde
um foguete lançado contra uma
cabine telefônica atingiu um carro. Em Mossul (norte), mais três
iraquianos foram mortos e nove
foram feridos num tiroteio com
soldados americanos. Não ficou
claro se os mortos eram civis.
Sami Ahmed, ex-oficial de inteligência durante a ditadura de
Saddam Hussein (1979-2003), foi
preso anteontem com 13 pessoas
numa ação conjunta entre soldados dos EUA e a polícia iraquiana
em Baquba, cidade 100 km ao
norte de Bagdá.
Com agências internacionais
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