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Moradores começam a deixar Bagdá
DA REDAÇÃO
Com a aproximação das tropas
anglo-americanas de Bagdá e a tomada do aeroporto, hordas de
moradores deixaram ontem suas
casas na tentativa de fugir da cidade antes da chegada da coalizão.
Centenas de caminhões, ônibus
e carros lotados de passageiros e
carregados com cobertores, mantimentos, panelas, colchões e televisores congestionavam as ruas
da cidade que levavam para as saídas ao norte -as tropas de coalizão se aproximam pelo sul.
Desde a noite de quinta-feira,
grande parte dos 5 milhões de habitantes de Bagdá está sem energia elétrica e com faltas temporárias de água. No sul da cidade, onde é possível ouvir explosões e tiros de metralhadora, o movimento nas ruas era pequeno e, apesar
de sexta-feira ser o dia sagrado
muçulmano, estabelecimentos
que vendem alimentos, como
quitandas e padarias, estavam
abertos. Nos postos de gasolina,
as filas eram longas.
Com parte das estradas para
oeste - em direção à Jordânia-
tomadas pelas forças de coalizão,
os bagdalis viajam para o norte e o
leste, em direção ao Irã. Entretanto, segundo a agência de refugiados da ONU (UNHCR), que espera no país até 260 mil iraquianos,
nenhum cruzou a fronteira ainda.
O motivo para isso seria incerto.
"Se eles estão realmente tentando
fugir, podem ter sido impedidos
pelas autoridades iraquianas ou
pelo próprio medo de serem capturados pelas forças de coalizão",
afirmou a UNHCR em comunicado divulgado em seu site.
A agência, que espera frentes de
refugiados do sul, do centro e do
norte do país, instalou três postos
na fronteira. Em 1991, após a
Guerra do Golfo, 1,3 milhão de
iraquianos entraram no Irã.
Com agências internacionais
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