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São Paulo, sábado, 05 de abril de 2003

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Moradores começam a deixar Bagdá

DA REDAÇÃO

Com a aproximação das tropas anglo-americanas de Bagdá e a tomada do aeroporto, hordas de moradores deixaram ontem suas casas na tentativa de fugir da cidade antes da chegada da coalizão.
Centenas de caminhões, ônibus e carros lotados de passageiros e carregados com cobertores, mantimentos, panelas, colchões e televisores congestionavam as ruas da cidade que levavam para as saídas ao norte -as tropas de coalizão se aproximam pelo sul.
Desde a noite de quinta-feira, grande parte dos 5 milhões de habitantes de Bagdá está sem energia elétrica e com faltas temporárias de água. No sul da cidade, onde é possível ouvir explosões e tiros de metralhadora, o movimento nas ruas era pequeno e, apesar de sexta-feira ser o dia sagrado muçulmano, estabelecimentos que vendem alimentos, como quitandas e padarias, estavam abertos. Nos postos de gasolina, as filas eram longas.
Com parte das estradas para oeste - em direção à Jordânia- tomadas pelas forças de coalizão, os bagdalis viajam para o norte e o leste, em direção ao Irã. Entretanto, segundo a agência de refugiados da ONU (UNHCR), que espera no país até 260 mil iraquianos, nenhum cruzou a fronteira ainda.
O motivo para isso seria incerto. "Se eles estão realmente tentando fugir, podem ter sido impedidos pelas autoridades iraquianas ou pelo próprio medo de serem capturados pelas forças de coalizão", afirmou a UNHCR em comunicado divulgado em seu site.
A agência, que espera frentes de refugiados do sul, do centro e do norte do país, instalou três postos na fronteira. Em 1991, após a Guerra do Golfo, 1,3 milhão de iraquianos entraram no Irã.


Com agências internacionais


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