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AÇÃO MILITAR
Coalizão desloca soldados para proteger aérea, enquanto repara pistas de pouso
EUA preparam uso de aeroporto
DA REDAÇÃO
Os EUA anunciaram ontem,
depois da tomada do aeroporto
de Bagdá, que centenas de soldados reforçariam suas posições no
local. A despeito da linha de artilharia estabelecida pelos iraquianos em pontos próximos ao aeroporto e da ameaça de ataque ""não
convencional", que poderia incluir suicidas, os americanos começaram a recuperação das pistas que poderiam servir para desembarque de mais soldados.
Membros da 101ª Divisão Aerotransportada, que combatia no
centro do país, e unidades de engenharia do 94º Batalhão (que se
encarregariam dos reparos de instalações e pistas), deveriam começar a chegar ontem à área do aeroporto, somando-se aos cerca de
1.500 americanos já instalados.
Ainda pela manhã combates
eram travados dentro do aeroporto -invadido anteontem por
membros da 3ª Divisão de Infantaria do Exército dos EUA. Pelo
menos 20 tanques iraquianos, segundo relato de um correspondente da CNN, permaneciam posicionados no perímetro do aeroporto. Disparos de artilharia de
ambas as partes se estenderam ao
longo do dia, afirmou o enviado.
A CNN exibia imagens de veículos blindados destruídos, supostamente iraquianos, e uma série
de cadávares de soldados, em
uma via de acesso ao aeroporto.
Anteontem, no que seria um
preparativo para a invasão, tropas
norte-americanas bombardearam alvos no vilarejo de Furat, nas
cercanias do aeroporto. Segundo
os iraquianos, 83 pessoas (entre
civis e militares) teriam morrido e
outras 120 ficado feridas. Até o fechamento desta edição, o governo
iraquiano não havia anunciado
uma nova estimativa de números
de mortos.
De acordo com o coronel Will
Grimsley, comandante de uma
das brigadas que participou da tomada, os americanos fizeram 40
prisioneiros nos combates. Os
EUA sustentaram não haver perdido nenhum soldado. No entanto, segundo militares citados pela
Reuters e pela Associated Press,
dois norte-americanos teriam
morrido e outros ficaram feridos.
Um jornalista da agência France
Presse disse ter contado dez corpos de soldados iraquianos em
trincheiras ao longo da avenida Al
Shuhada, que leva ao aeroportol.
Na pista do agora rebatizado Aeroporto Internacional de Bagdá, a
CNN exibia os restos do que seria
um Boeing 727 ou um Antonov
da companhia aérea iraquiana.
Outros cinco aviões permaneciam próximos aos hangares.
O comando da campanha militar, no Qatar, anunciou que foram
encontrados túneis que sairiam
do aeroporto -mas não esclareceram a que regiões ou prédios
em Bagdá estariam ligados.
Mohammed Said Al Sahaf, o
ministro da Informação iraquiana, disse em pronunciamento na
TV que as tropas norte-americanas estavam em "uma ilha isoldada (o aeroporto)". E fez ameaça
de que, se não se rendessem, os
americanos não sobreviveriam a
um "ataque não-convencional".
O governo iraquiano informou
que seus militares teriam destruído 11 tanques e outros oito veículos dos EUA nos combates.
Segundo a Reuters, centenas de
civis abandonavam ontem as
áreas ao redor do aeroporto. "Foi
uma noite no inferno. Aviões jogaram bombas durante toda a
norte", disse uma iraquiana que
morava na região do aeroporto.
O porta-voz do comando militar dos EUA, Vincent Brooks, disse que a tomada do aeroporto significava a "ruptura do anel de
proteção a Bagdá".
Reconstrução
Bombas despejadas pelos norte-americanos sobre pistas do aeroporto abriram uma série de crateras, disse a CNN. Mas de acordo
com o coronel Thomas P. Smith,
comadante da brigada de engenharia, o aerporto estará pronto
para ser usado em poucos dias.
"Esse era nosso próposito, minimizar os danos à infra-estrutura", afirmou Smith.
Com agências internacionais
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