DA REDAÇÃO

O premiê do Reino Unido, Tony Blair, disse ontem que o bombardeio que matou pelo menos 15 pessoas num mercado de Bagdá no dia 26 não foi realizado pelas forças anglo-americanas.
O Iraque atribuiu o bombardeio aos invasores. O chanceler britânico, Jack Straw, havia dito que era "cada vez mais provável" que a culpa fosse dos iraquianos.
Blair, que tem sofrido desgaste político devido ao seu apoio à invasão, procura agora uma posição independente da norte-americana sobre o pós-guerra.
Numa carta à população iraquiana, divulgada ontem, ele disse que o Iraque pós-Saddam seria administrado por iraquianos e que as tropas britânicas não ficariam mais do que o necessário. Insistiu que o dinheiro do petróleo iraquiano seria usado para "construir prosperidade" para o país.
"Assim que o regime de Saddam Hussein cair, o trabalho para construir um Iraque novo e livre começará", afirma a carta. "Um Iraque pacífico e próspero, que será administrado pelo e para o povo iraquiano, não pelos EUA ou pelo Reino Unido, não pelas Nações Unidas."