São Paulo, quinta-feira, 05 de abril de 2007

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Relação conflituosa de iranianos com os britânicos remonta ao século 19

DA REDAÇÃO

O Irã esteve, desde o início do século 19, no centro do Grande Jogo -termo utilizado para descrever a disputa entre o império britânico e o russo pela supremacia na Ásia Central. Durante a dinastia que governou a Pérsia (Irã) a partir de 1781, os britânicos exerciam uma imensa influência na política local. Apesar disso, o Irã nunca foi colonizado e tinha uma preocupação em se manter soberano.
Os reformistas que participaram da Revolução Constitucional persa (1905-1911), que marca o início da centralização administrativa do Irã e a instalação de um Parlamento, esperavam que a Constituição fortalecesse o país contra a ingerência da Rússia e do Reino Unido.
Ao assumir o poder em 1921, o xá Reza Khan buscou parcerias com países europeus que não estivessem tradicionalmente envolvidos com a política do país, como o Reino Unido estava. Dessa forma, privilegiou laços com a Alemanha, mas, quando a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) teve início, os britânicos ficaram alarmados.

Invasão
Em 1941, o Reino Unido invadiu o Irã para impedir que o país se juntasse às forças do Eixo. Os Aliados ocuparam o Irã, assegurando o suprimento de petróleo iraniano à Rússia, e forçaram o xá a abdicar em favor de seu filho, Mohammed Reza Pahlavi.
Na década de 50, o primeiro-ministro Mohammed Mossadegh tornou-se popular após nacionalizar a Companhia de Petróleo Anglo-Iraniana, de capital britânico, que controlava as reservas do país. Em resposta, o Reino Unido embargou o petróleo iraniano.
Depois da Revolução Iraniana de 1979 -uma resposta nacionalista ao governo pró-Ocidente de Pahlavi-, o Irã virou uma república islâmica e, em 1980, foi atacado pelo Iraque.
A guerra durou oito anos e o Iraque recebeu ajuda financeira e militar dos governos britânico e norte-americano, entre outros. Durante a guerra, milhares de iranianos morreram vítimas de armas químicas utilizadas pelo governo do ditador Saddam Hussein.


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