São Paulo, terça-feira, 05 de abril de 2011

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EUA vão julgar mentor do 11 de Setembro em tribunal militar

Decisão é revés para Obama, cuja promessa era julgamento civil

DA REUTERS

Os Estados Unidos anunciaram ontem que militares vão julgar Khalid Sheikh Mohammed, que alega ter coordenado os ataques do 11 de Setembro, e quatro de seus cúmplices em Guantánamo.
Isso representa um revés político para o presidente Barack Obama, que havia prometido julgá-los em um tribunal civil americano.
O secretário da Justiça dos EUA, Eric Holder, atribuiu a culpa ao Congresso. Segundo ele, o bloqueio das verbas requeridas para julgar os terroristas em um tribunal civil havia "algemado o governo".
A decisão mostra que Obama não conseguiu superar a oposição política aos seus esforços para fechar a prisão na base de Guantánamo (Cuba), uma das principais promessas na campanha de 2008.
Ele dizia que fecharia a prisão até o final de seu primeiro ano de mandato. A prisão continua a abrigar 172 detentos, ante os 245 que lá estavam quando Obama assumiu, em janeiro de 2009.
A decisão de levar os cinco a julgamento militar foi elogiada por políticos do país.
Michael Bloomberg, o prefeito de Nova York, disse que o custo de realizar os julgamentos em solo americano seria de "quase US$ 1 bilhão". O senador Charles Schumer, democrata de Nova York, disse que a decisão "representa o ponto final para aquela ideia infeliz".
Mohammed treinou os sequestradores que executaram os ataques de 11 de Setembro no uso de facas de lâminas curtas, ensinando-os a matar ovelhas e camelos.

Tradução de PAULO MIGLIACCI


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