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ORIENTE MÉDIO
Hamas nega afirmação
Israel diz ter anulado liderança extremista
DA REDAÇÃO
Autoridades israelenses afirmaram ontem que a maior parte dos
principais suspeitos de envolvimento com atividades terroristas
palestinas foi presa ou morta nas
operações do Exército nos territórios palestinos.
A declaração foi dada dias após
a morte de Mohaned Taher, conhecido como o "Engenheiro 4" e
acusado de ser responsável pela
fabricação de bombas utilizadas
em atentados que deixaram mais
de cem israelenses mortos.
Ontem, na faixa de Gaza, uma
bomba explodiu um carro, matando Wael al Namara, líder das
Brigadas dos Mártires de Al Aqsa,
ligado ao Fatah (grupo político de
Arafat) e também membro do
serviço de segurança palestino,
além de seu sobrinho.
Abdel Aziz Rantisi, líder do Hamas na faixa de Gaza, negou que
tenham sido presos integrantes
do alto escalão do seu grupo.
Israel realiza ampla operação
militar na Cisjordânia em resposta a uma onda de atentados no
mês passado em Jerusalém e em
um assentamento judaico.
ANP
A ANP (Autoridade Nacional
Palestina), presidida por Iasser
Arafat, anunciou ontem que Jibril
Rajoub, que até esta semana era o
chefe da segurança palestina na
Cisjordânia, deixará mesmo o
cargo. Segundo autoridades palestinas, ele será agora o governador de Jenin. O atual governador
de Jenin, Zuhair Manasra, será
nomeado novo chefe da segurança na Cisjordânia.
O chefe da polícia palestina na
faixa de Gaza, Ghazi Jibali, também deixou o cargo. Ele anunciou
que irá concorrer à Presidência da
ANP em janeiro do próximo ano.
As alterações, dizem analistas,
se devem mais a problemas internos dentro da ANP do que a uma
reforma no sistema de segurança
palestino, conforme exigem os
Estados Unidos e Israel.
Rajoub é tido como um dos
possíveis sucessores de Arafat.
Em fevereiro deste ano, o líder palestino apontou uma arma para
Rajoub e o acusou de estar tentando tomar o seu lugar.
O anúncio oficial das mudanças
deverá ser feito por Arafat nos
próximos dias. No início da semana, autoridades palestinas disseram que Rajoub e Jibali haviam sido demitidos por Arafat. Os dois disseram depois que não haviam recebido nenhuma informação da demissão e ameaçaram resistir à mudança.
Com agências internacionais
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