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ALIANÇA
Coalizão de 8 partidos quer lançar nome único à Presidência
Oposição mexicana se une para tentar tirar o PRI do poder
das agências internacionais
Oito partidos de oposição do
México formaram uma aliança na
noite de anteontem na tentativa
de acabar com o monopólio do
atual PRI (Partido Revolucionário Institucional), que está no governo desde 1929.
Eles pretendem formular um
programa comum de governo e
apontar um único candidato para
as eleições presidenciais de 2000
contra o governo do PRI .
A Aliança pelo México é uma
empreitada inédita da oposição
mexicana e só foi possível depois
que o conservador PAN (Partido
da Ação Nacional) decidiu aderir
ao resto do grupo na última sexta-feira.
"A integração dos partidos para
participar das eleições tem que
superar numerosos obstáculos
políticos, legais e de organização
de cada um deles, mantendo fielmente suas posições ideológicas",
afirma nota divulgada pelos líderes da aliança.
Negociação
A negociação de uma plataforma de governo em que todos os
partidos estejam de acordo não
deverá ser fácil porque a aliança
reúne partidos conservadores,
como o PAN, e partidos mais à esquerda, como o PRD (Partido da
Revolução Democrática), que divergem profundamente sobre como abordar as políticas econômica e social.
Além disso, os partidos também
enfrentam oposição interna contra a aliança. Membros de vários
grupos já se manifestaram publicamente criticando a aliança. Por
fim, os partidos também divergem sobre qual deve ser o método
de seleção do candidato à Presidência.
Uma das propostas já feitas pela
Comissão Negociadora para que
a formulação de um programa de
governo comum seja possível é a
que sugere que alguns pontos polêmicos em que a divergência dos
partidos é notória, como educação, aborto e privatizações, fiquem de fora do programa.
No último domingo, o líder do
partido do governo, o PRI, José
Antonio Gonzalez Fernandez, fez
com que seus pré-candidatos
apertassem as mãos em um programa de TV. Foi uma tentativa
de acabar com comentários negativos sobre os rachas no partido
após discussões públicas de pré-candidatos à Presidência.
Os presidentes mexicanos, que
têm sido membros do PRI há 70
anos, costumam indicar os sucessores. Mas nas próximas eleições
o presidente Ernesto Zedillo rejeitou seguir a prática de indicar
candidatos em nome da "abertura do país para a democracia".
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